Os sete integrantes da CPI da CLDF ainda não sabem se vão poder ouvir o que tem a dizer o ex-ministro do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, sobre os atos do dia 8 de janeiro. A ida de Torres à CLDF depende de autorização do ministro do STF, Alexandre de Moraes, o que não aconteceu até o fechamento desta matéria.
O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante, do PT, disse ao Expressão Brasiliense, nesta terça (7), que encaminhou uma nova solicitação ao STF reiterando a importância do colegiado realizar a oitiva com o ex-ministro do governo Bolsonaro.
Na opinião do parlamentar, Anderson Torres tem muita coisa para explicar. Segundo o distrital, a CPI apresentou ao ministro as razões para que ele autorize o comparecimento do delegado, que está detido desde quando veio dos EUA e desembarcou no Brasil no dia 14 de janeiro.
“Nós mostramos que já existem decisões do STF no sentido de que os convocados em CPIs são obrigados a comparecer”, observou Chico.
Para o distrital, a viagem de Anderson Torres aos EUA foi planejada “para deixar a segurança pública às cegas”.
“A gente tem que saber se ele foi lá participar de um convescote com Bolsonaro”, ressaltou.
Pedido ao plenário
Vigilante revelou que a CPI vai entrar com um pedido direto ao plenário caso Alexandre de Moraes não permita a ida de Anderson Torres à CLDF.
“Até o final da CPI, nós queremos o Anderson Torres sentado naquele banquinho ali (apontou para a mesa de trabalho do plenário da CLDF) dos investigados pela comissão”, afirmou o distrital.
Os depoimentos de Anderson Torres e de Marília Ferreira Alencar, então subsecretária da SSP-DF, estão previstos para começar às 9h da próxima quinta (9).
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