Criticado por partidos da oposição desde que foi escolhido em setembro do ano passado, o procurador-geral da República, Augusto Aras, passou a ser elogiado por parlamentares de partidos como PT e PSOL devido a seus ataques contra a Operação Lava Jato. Desde que Aras afirmou, na última terça-feira, que a força-tarefa mantém dados sigilosos, parlamentares da oposição passaram a pedir que se investiguem se os procuradores de Curitiba mantém dados em sigilo.
Segundo Aras, a força-tarefa estaria mantendo um banco de dados próprio, com informações de 38 mil pessoas, fora do alcance da Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF). Aras também criticou os custos para manter a força-tarefa e falou em “corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) defendeu a investigação de “todas as práticas ilegais, imorais e politicamente dirigidas por parte da operação” Lava Jato. “O que tem que prevalecer é a verdade. Os procuradores da Lava Jato não são intocáveis, eles precisam ser investigados. Se a Lava Jato agiu certo e não tem medo dos seus métodos, é só abrir os dados”.