A República Centro-Africana aprovou, nessa semana, uma lei que legaliza as criptomoedas e torna o Bitcoin (BTC) um ativo legalmente reconhecido no país. Com isso, a nação se torna o primeiro território africano a aprovar legislação desse tipo.
O presidente do gabinete presidencial da República Centro-Africana, Obed Namsio, afirmou através da página oficial no Facebook do país, que a legislação será é um importante marco histórico para a recuperação econômica da nação, que conta com um dos menores PIB do mundo — em 2021, o índice per capita foi de US$ 493 (R$ 2.429 na cotação atual), por exemplo.
“Com esta decisão histórica, a recuperação econômica e o plano de consolidação da paz entram em uma nova era, e o Executivo demonstra consistência em aplicar os objetivos de alcançar um crescimento forte e inclusivo para o benefício do desenvolvimento e do desempenho econômico, gerando prosperidade para nossos cidadãos”, afirma Namsio no comunicado oficial do gabinete presidencial.
Com a aprovação das leis, a República Centro-Africana se torna o segundo país do mundo a adotar o Bitcoin como moeda legal. O primeiro foi El Salvador, que em 2021 começou a aceitar o ativo oficialmente e também iniciou processos estatais de mineração do criptoativo.
Novidade sobre Bitcoin na República Centro-Africana foi recebida com cautela pela comunidade internacional
Embora a notícia coloque a República Centro-Africana como uma pioneira em legalização de criptomoedas, a novidade não foi recebida de forma tão positiva pelos habitantes do país, que se mostraram confusos sobre o ativo digital.
O país africano conta com uma população de 4,8 milhões de pessoas acostumadas a utilizar dinheiro em espécie, e segundo dados da empresa responsável por análise de dados de blockchain Chainalysis, não conta com movimentações registradas pela rede de ativos digitais.
Além disso, a comunidade internacional também observa atentamente a movimentação, com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em comunicado oficial, alertando para os países da África tomarem cuidado com a ideia que o Bitcoin pode ser a solução para os problemas econômicos do continente.