• 22 de novembro de 2024

CLASSIFICADOS | Duas equipes do DF garantem vaga na etapa nacional do Torneio SESI de Robótica

A robótica está para os estudantes das escolas da rede Serviço Social da Indústria (SESI) assim como o futebol está para os brasileiros: quem não faz parte de algum time e participa dos jogos, está vibrando na torcida. Com fantasias e gritos de guerra, jovens de vários estados se reuniram nesse fim de semana, no Distrito Federal, em busca de uma vaga para o Festival SESI de Robótica, que acontece em março. As equipes classificadas foram: Brotherhood, do SESI de Cuiabá, Bisc8 e Albatroid, do SESI do Distrito Federal, além da Mega Destemidos, do SESI Campina Grande (PB). 

Empolgados, agora eles vão se preparar para a etapa nacional, em São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de março. O tema da edição 2019/2020 é City Shaper (cidades inteligentes e sustentáveis) e os estudantes foram desafiados a elaborar soluções para problemas que prejudicam a vida nas metrópoles. Sustentabilidade, saúde, saneamento básico e acessibilidade foram alguns dos assuntos explorados.

A equipe Bisc8, do SESI Sobradinho, por exemplo, criou o Bisc – Bueiro Inteligente Sustentável Coletor, com o uso de garrafas pet. A solução é um cesto com furos para ser acoplado dentro das bocas de lobo para evitar o entupimento e, consequentemente, o alagamento de vias. O Bisc também tem um mecanismo que avisa quando o cesto está cheio, por meio de um sistema programado em arduino e uma polia, que fica verde quando estiver vazio, amarelo quando estiver meio cheio e vermelho quando estiver muito cheio.

Menos poluição sonora e mais sustentabilidade

Uma das equipes selecionadas como suplente para o Festival também desenvolveu um projeto com pet, mas para solucionar outro problema: o excesso de barulho. A Lego Field, do SESI Gama (DF), desenvolveu um tipo de parede isolante com materiais sustentáveis, já que a poluição sonora está entre os principais problemas urbanos. A E-Wall é composta por pó de serragem, garrafas pets trituradas e tetra pak, ou seja, caixinhas de leite ou suco.

 No desafio do robô, os jovens criam e programa robôs autônomos para realizar missões na mesa

A estudante Hellen Santos, 16 anos, da Lego Field , está feliz com o projeto apresentado mesmo sem ter ficado entre as classificadas. Ela explica que a equipe passou por problemas técnicos e precisou ser bem organizada para elaborar uma solução com menos tempo que os outros times.

“Seguimos o calendário organizacional, utilizamos o Kanban e também tínhamos um calendário de humor, para saber como cada um estava se sentindo naquele dia”, explica a jovem, que tem história com a robótica. Ela já participou do torneio internacional, nos Estados Unidos, na temporada 2018/2019 com a equipe Lego of Olympus.

Com criatividade, jovens criaram projetos inovadores

Pela primeira vez nos torneios de robótica, a equipe Albageek, do SESI Taguatinga, decidiu solucionar problemas causados no ser humano devido a urbanização acelerada, como estresse, depressão, insônia e outros.

Os brasilienses criaram o Space Hortus, que consiste em um container adaptado para oferecer atividades como meditação, yoga, biofilia – método tranquilizante onde pessoas tem contato com plantas – e cromoterapia (terapia das cores).

“Nossa ideia é implementar o Space Hortus na Rodoviária do Plano Piloto, que é um local com muito movimento e causa bastante estresse nas pessoas”, explica Luiz Eduardo, 12 anos, um dos idealizadores do projeto.

Já os jovens da escola SESI Bayeux, optaram por um projeto que contemplasse a terceira idade. Os Criadores de Gigantes desenvolveram o aplicativo Caranga Home Care, para lembrar os idosos de atividades importantes como beber água ou tomar medicamentos. Além disso, a tecnologia auxilia no controle das luzes de casa e tem botões de socorro

 “Acessibilidade aos idosos, cara, quem não quer? Então te apresento o Caranga Home Care”, cantam os Criadores de Gigantes

A equipe, que elaborou até música sobre o projeto, conta que para desenvolver uma solução para o público decidiu ouvir a população. “Os idosos diziam que se sentiam excluídos e isolados. Temos consciência que eles são a gente no futuro, por isso criamos esse aplicativo”, conta o jovem Nataniel Matheus, 16 anos.

Entre uma prova e outra, tem muita descontração

É tanta animação que o público, que está conhecendo o torneio de fora, não imagina como esses jovens suam a camisa durante as provas. Eles são avaliados em quatros categorias importantes. 

Desafio do Robô: os estudantes levam o robô autônomo LEGO, que construíram e programaram, para realizar missões inspiradas nos desafios enfrentados por moradores de grandes cidades.

Design do Robô: as equipes apresentam as estratégias e o processo de construção do projeto mecânico do robô para um grupo de juízes.

Projeto de Inovação: os competidores apresentam as pesquisas e a solução que criaram para os problemas ambientais, estruturais e sociais ligados ao tema cidades inteligentes e sustentáveis. 

Core Values: essa etapa avalia os valores referentes à importância de manter a competição amigável, respeitosa e com espírito de equipe.

Viu só como eles se dedicam? Por isso que o Tio Matheus, como é conhecido, é o responsável por divertir essa criançada entre uma prova e outra.

O ex-coordenador de Qualidade de Vida do SESI São Carlos, Matheus Oliveira Santos, 40 anos, não economiza na energia quando pega no microfone. É dança para cá, brincadeira com os juízes e técnicos para lá, e por aí vai.

“Essa animação é para unir as crianças. É para fazer eles viverem esse torneio da melhor forma possível, com muito entusiasmo. Vejo como eles treinam, se entregam, curtem cada momento e sei que isso é muito importante para o crescimento deles”, conta o animador, que conduz os torneios há várias temporadas. 

 “Nossas escolas e nosso país precisam cada vez mais desse engajamento com a tecnologia e a robótica para melhorar a vida das pessoas. Temos muito orgulho de receber tanta gente focada no bem comum aqui na nossa escola”, avalia a superintendente do SESI/DF, Gricelia Melo.

 Todas as equipes se reúnem para dançar a famosa dança da galinha

Reta final das etapas regionais de robótica

Entre os dias 14 e 16 de fevereiro vão acontecer os últimos torneios regionais de robótica no Paraná, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As equipes classificadas no próximo fim de semana vão preencher as últimas vagas para participar do Festival SESI de Robótica. Veja o calendário com datas e locais dos eventos

(Agência CNI Notícias)

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