Expressão Brasiliense Em 2019, o Distrito Federal cresceu economicamente acima da média do país. Mas, para o empresário e ex-vice-governador do DF, Paulo Octávio, a capital federal poderia ter crescido um pouco mais. O site Radar/DF publicou uma entrevista nesta quarta-feira (29/01) a qual o líder empresarial fala que o setor produtivo do DF pode ajudar a combater o desemprego.
Segundo Paulo Octávio, a interlocução que o governo Ibaneis faz hoje junto aos empresários, com atenção especial as entidades de classe do DF, ajuda a diminuir uma das piores chagas sociais que é o desemprego. Presidente do Lide Brasília, grupo que reúne os maiores empresários do DF, Paulo Octávio vê com bons olhos a política de resgate adotada pelo GDF para que as empresas voltem a ter sua situação fiscal regularizada.
“O governo precisa acreditar mais no setor produtivo. A única forma que nós temos hoje para gerar empregos, é através de incentivos para que novas empresas apareçam em Brasília e não percam suas forças”, apontou o empresário. Para ele, está na hora do Distrito Federal passar a investir na indústria, uma vez que o setor de serviços e o comércio são os responsáveis por conduzir a economia local.
“Existe perspectiva de crescimento do setor industrial? Isso existe. Nós temos que acreditar nesse segmento. Não podemos continuar pensando apenas na Brasília Tombada que não pode ter indústrias. O Plano Piloto não pode, mas no resto do DF as empresas de grande porte podem se instalar”, observou.
Paulo Octávio disse ainda que cidades como Taguatinga, Ceilândia, Planaltina e Brazlândia, as quais possuem um setor produtivo atuante, podem se desenvolver economicamente e tornarem-se grandes geradoras de emprego e renda. “Temos que criar essa cultura de desenvolvimento em todas as cidades do DF. Eu sou totalmente favorável que as cidades do DF tenham as suas áreas de desenvolvimento econômico para que possam empregar a mão de obra local”, revelou.
O empresário ressaltou que o fato de cerca de 90% dos empregos gerados no DF estarem concentrados na região central do Plano Piloto, não é positivo para o fortalecimento e o desenvolvimento socioeconômico da capital federal.
“O DF tem hoje 33 regiões administrativas, e cada região é uma pequena cidade brasileira. As Regiões Administrativas não possuem autonomia política, mas poderiam ter uma maior autonomia econômica e financeira, desde que possam ter empresas que possam ali gerar impostos, gerar empregos, gerar renda e diminuir a chaga social que essas cidades enfrentam”, afirmou.
Paulo Octávio destacou ainda que o governador Ibaneis mostrou em seu primeiro ano de governo a sua capacidade de tirar Brasília do caos e que as melhorias são sentidas pela sociedade. O líder empresarial apontou que vários setores econômicos do DF registraram crescimento com destaques para a construção civil, que faz parte do ramo industrial e teve alta de 0,8% no período, o melhor resultado desde junho de 2013.
“Em 2019, a economia do Distrito Federal cresceu acima da média nacional, mas podemos crescer ainda mais. Por isso que é importante essa conexão entre Estado e setor produtivo na valorização dos nossos jovens e no incentivo aos pequenos empresários, para que eles possam crescer e desenvolver seus negócios”, evidenciou Paulo Octávio.
Com informações do Radar/DF
