O Palácio do Planalto sugeriu que a visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China ocorra entre os dias 11 e 14 de abril. As datas estão em negociação com a chancelaria chinesa. A confirmação depende agora da agenda do presidente Xi Jinping. A sugestão é para que eles se reúnam em Pequim em 13 de abril.
A Presidência da República aguarda uma resposta da China. Ministros e auxiliares diretos do governo Lula afirmam que a definição caberá ao líder chinês, porque foi Lula quem desmarcou de última hora.
A visita de Estado à China ocorreria nesta semana, mas foi adiada por razões de saúde. Lula cancelou o embarque por recomendação médica, após ser diagnosticado com broncopneumonia bacteriana e infecção pelo vírus Influenza A.
Autoridades do governo brasileiro dizem que Lula quer viajar à China o quanto antes, já se sente bem melhor dos sintomas gripais e está despachando.
Essa era a visita de Estado prioritária desde a transição de governo, e vinha sendo trabalhada para ocorrer nos primeiros 100 dias. Pessoas próximas a Lula dizem que ele deve insistir em ir à China antes de pisar na Europa. A previsão é que ele esteja em Portugal no fim de abril. O Itamaraty trabalha na costura de uma agenda entre os dois líderes. Os chineses querem reproduzir ainda encontros de grandes dimensões entre delegações de governo e empresariais.
Na ocasião, Lula também deverá ir a Xangai participar de uma solenidade de posse da ex-presidente Dilma Rousseff, que já despacha na metrópole chinesa como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, ligado ao BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China África do Sul).
Após o cancelamento da visita, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que foi informado e que trabalharia para combinar uma data conveniente a ambos. Xi Jinping deve receber nas próximas semanas o presidente francês, Emmanuel Macron.
A notícia de que Xi Jinping enviara mensagem desejando pronta recuperação a Lula e que estava de acordo a reagendar a visita numa data próxima saiu na capa do jornal local China Daily. Isso foi interpretado por diplomatas como uma reação positiva.
Outra data sugerida pelos empresários do agronegócio, que vieram em peso a Pequim e Xangai, era 18 de maio, quando ocorre uma feira de alimentação no país, chamada SIAL. Muitos dos maiores exportadores brasileiros, que têm a China como mercado prioritário, viajam anualmente para o evento. A data casa com a reunião do G7 no Japão, cúpula para a qual Lula foi convidado.
(Agência Estadão Conteúdo)
Foto: Reprodução/Google Imagens
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