O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, na tarde desta terça-feira (9), pela soltura do presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil). A medida ocorre um dia após a Alerj aprovar, por ampla maioria, a revogação da prisão do parlamentar.
Na segunda-feira (8), os deputados estaduais votaram e aprovaram, por 42 votos favoráveis, 21 contrários e duas abstenções, a resolução que pedia a libertação de Bacellar. Ele havia sido preso no dia 3 deste mês, suspeito de vazar informações da Operação Zargun, que resultou na detenção do então deputado estadual TH Joias, acusado de ligação criminosa com a facção Comando Vermelho (CV).
Medidas cautelares impostas por Moraes
Apesar da libertação, Bacellar não retornará ao comando da Alerj. Moraes determinou uma série de medidas cautelares, incluindo:
- Uso de tornozeleira eletrônica;
- Afastamento da presidência da Alerj;
- Recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 6h;
- Proibição de contato com outros investigados;
- Suspensão do porte de arma;
- Entrega e bloqueio de todos os passaportes.
Com a decisão, o deputado deve deixar a Superintendência da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro ainda hoje.
Prisão e operação
Rodrigo Bacellar foi detido dentro da Superintendência da PF, após ser conduzido ao prédio para uma suposta reunião. Seu celular foi apreendido, assim como R$ 90 mil encontrados no veículo utilizado para chegar ao local.
A ordem de prisão foi expedida por Alexandre de Moraes no âmbito da ADPF das Favelas. Segundo o ministro, a PF apontou que Bacellar teria orientado um investigado a remover objetos da própria residência, o que configuraria tentativa de obstrução da investigação.
Depoimento à Polícia Federal
Em depoimento, Bacellar negou ter amizade com TH Joias, mas admitiu ter conversado com ele na véspera da operação. No relato à PF, descreveu que Joias o procurou preocupado com rumores de uma ação policial iminente:
“Ele pede para falar comigo sozinho, no canto: ‘Tá sabendo de alguma operação amanhã para mim?’. Eu disse: ‘Não estou sabendo nada. Está uma fofocaiada na Casa já faz três dias de que vai ter algum problema nessa semana para deputado’. […] Ele disse: ‘Não sei o que eu faço, se vou embora’. E eu respondi: ‘Aí é com você. Eu, se estivesse no seu lugar, só me preocuparia com a tua filha pequena’.”
Foto: Reprodução/Google Imagens
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