O militante bolsonarista Jorge Guaranho virou réu por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) e guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda. A vítima foi morta a tiros em sua festa de aniversário.
A decisão é do juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu (PR), que acolheu a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), na quarta-feira, 20.
De acordo com o MP, o acusado agiu por motivo fútil por “preferências político-partidárias antagônicas” e colocou a vida de mais pessoas em risco após efetuar disparos no salão de festas. Os promotores de Justiça Tiago Lisboa e Luís Marcelo Mafra Bernardes da Silva fizeram uma coletiva de imprensa para apresentar a denúncia.
As autoridades explicaram ainda que as investigações não constataram a prática de crimes de ódio, discriminação, ou contra o estado democrático de direito, mas vão aguardar laudos complementares para decidir sobre uma possível revisão da acusação.
Até o momento, não foi concluída a perícia no celular e no carro do policial penal, no local do crime e do aparelho que gravou as imagens das câmeras de segurança.
Caso seja condenado, o bolsonarista poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão. Entretanto, os promotores ressaltaram que, se for necessário, podem complementar a denúncia.