• 13 de dezembro de 2025

Após reerguer Goiás, Caiado alerta que má gestão pode destruir conquistas dos últimos 7 anos

Na mesma medida em que celebra a saúde financeira de Goiás, com a saída do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados e do Distrito Federal (Propag), o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) demonstrou preocupação com o futuro do Estado diante da possibilidade de uma gestão irresponsável.

“Tenho um ciúme enorme do que construímos em sete anos. E, para destruir, basta um minuto”, afirmou Caiado na quarta-feira (10/12), ao comentar os avanços obtidos no equilíbrio das contas públicas.

Durante discurso, o governador usou uma metáfora contundente para alertar sobre o risco de retrocessos. Caiado comparou a volta de maus gestores a uma praga capaz de causar destruição estrutural.

“Se puser de volta em Goiás aquele cupim branco, que rói mais do que o preto… Aquilo é uma desgraça, destrói até concreto. Se voltarem com esse cupim branco para dentro do palácio, ele vai comer tudo o que fizemos em sete anos”, declarou.

Recuperação fiscal e equilíbrio das contas

Caiado relembrou o cenário encontrado ao assumir o governo, após cerca de 20 anos de sucateamento da máquina pública, com dívidas bilionárias, folhas salariais atrasadas e obras paralisadas. Segundo ele, a adesão ao RRF foi decisiva para recuperar a capacidade financeira do Estado e destravar investimentos em áreas estratégicas como saúde, segurança pública, educação, infraestrutura e políticas sociais.

“É o primeiro estado a conseguir o equilíbrio fiscal graças a ações e políticas sérias que resgataram Goiás”, afirmou o governador.

De acordo com Caiado, a estabilidade conquistada não é momentânea. “Você nunca teve um Estado de Goiás com o nível de saúde fiscal que nós temos hoje. E não é apenas agora, mas para os próximos 30 anos”, garantiu.

Impacto do Propag e sucessão estadual

Com a adesão ao Propag, a estimativa do governo é de ganhos fiscais de aproximadamente R$ 26 bilhões ao longo das próximas três décadas. O novo modelo altera a correção das dívidas com a União: o indexador deixa de ser a taxa Selic e passa a ser o IPCA com juro real zero, reduzindo a volatilidade da dívida e alinhando o custo ao desempenho da economia.

Ao abordar o futuro político do Estado, Caiado defendeu a continuidade do projeto de gestão e citou o vice-governador Daniel Vilela (MDB) como alguém preparado para dar sequência às ações.

“Entrego o governo a Daniel Vilela, pessoa que tive a liberdade de escolher como vice. Ele andou comigo quatro anos, sabe tudo o que acontece, não por ouvir dizer, mas participando de cada momento”, afirmou.

Segundo o governador, após sete anos de recuperação, Goiás não pode correr o risco de voltar à asfixia fiscal. “O Estado precisa seguir com responsabilidade, planejamento e compromisso com o crescimento”, concluiu.

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