As últimas movimentações da deputada Paula Belmonte, recém-empossada como presidente do Cidadania no DF, indicam que ela pode estar chancelando a sua indicação para integrar a chapa majoritária que está sendo articulada pelos senadores Reguffe, do União Brasil, e Leila do Vôlei, do PDT.
A nova dirigente partidária vai ter a missão de conduzir as negociações que envolvem a legenda que ela comanda e o PSDB-DF, já que ambas as siglas já acordaram que vão se juntar e criar uma federação até o dia 31 de maio, prazo final estipulado pela Justiça Eleitoral para formalizar a união.
De acordo com as tratativas para fechar a federação, o partido que tiver a maior quantidade de parlamentares na Câmara no respectivo estado é quem vai coordenar os trabalhos. No DF, só o Cidadania possui deputado federal, no caso, a deputada Paula Belmonte.
Diante da regra, nos bastidores a disputa para definir quem vai dar às cartas na capital federal foi instalada, pois o senador Izalci Lucas, que preside o PSDB no DF, não aceita que a deputada seja designada como coordenadora da federação, pois ele já vem trabalhando para concorrer ao GDF desde a eleição passada.
No entanto, apesar do senador tucano estar a um bom tempo divulgando seu nome no cenário, a sua pré-candidatura ao Buriti não convence e não consegue aglutinar forças políticas que lhe dê sustentação para que possa seguir adiante com seu projeto.
Com isso, a deputada Paula Belmonte, ao assumir o Cidadania, e provavelmente o comando da federação partidária, passa a ser considerada o melhor nome para integrar a chapa de Leila e Reguffe.
Ainda não foi definido qual cargo Leila, Reguffe e a própria Paula Belmonte vão concorrer, porém, tudo caminha para que o senador Izalci seja descartado e fique de fora das eleições deste ano.
Especula-se que a chapa terá a seguinte configuração: Leila do Vôlei, do PDT, governadora; Paula Belmonte, do Cidadania, vice; e Reguffe, do União Brasil, senador.
Enquanto, esse grupo bate cabeça, o outro liderado por Ibaneis Rocha, do MDB, já possui uma aliança composta por 11 partidos.
Se a falta de articulação da oposição perdurar até as convenções, Ibaneis vai liquidar a fatura já no primeiro turno.
Foto: Reprodução/Google Imagens