Após ficar em silêncio por mais de 44 horas depois que o resultado das urnas foi confirmado, o presidente da República e candidato à reeleição derrotado do PL, Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento rápido, nesta terça (1º/11), no Palácio do Alvorada, acompanhado de ministros, deputados eleitos e não eleitos, entre outros apoiadores.
O candidato derrotado falou por mais de dois minutos à imprensa e não abriu para perguntas e nem respondeu as indagações feitas enquanto se retirava do local. Ao iniciar seu pronunciamento, Bolsonaro agradeceu os mais de 58 milhões que recebeu no segundo turno das eleições presidenciais no último domingo (30).
“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro”, disse o presidente. Ela ainda citou as manifestações que estão ocorrendo em todo o País e ressaltou que seus aliados não podem repetir os atos de seus adversários.
“As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, pontuou Bolsonaro.
Não reconheceu a derrota
Ainda durante sua fala à imprensa, Jair Bolsonaro criticou ser rotulado como antidemocrático e reforçou que ele ‘joga dentro das quatro linhas da Constituição’.
“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, garantiu Bolsonaro.
Em nenhum momento de seu pronunciamento, o candidato derrotado mencionou o nome de seu adversário, o que deixa evidente que ele não reconhece a derrota para o petista.
Governo de transição
Assim que o presidente encerrou sua fala, o ministro-chefe da Casa Civil, senador Ciro Nogueira, do PP-PI, explicou aos jornalistas que já esteve em contato com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, do PR, que informou que na próxima quinta (3) será formalizado a indicação do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, do PSB, como coordenador da transição pelo lado da equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Ciro Nogueira se limitou a apenas informar como se dará o processo de transição do governo e não respondeu as perguntas dos profissionais de imprensa estavam no Alvorada.
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