Diante da certeza de que o atual governador do DF, Ibaneis Rocha, do MDB, não pode mais concorrer à reeleição, os petistas da capital federal passaram a alimentar o sonho de uma possível volta ao Palácio do Buriti em 2026, ano em que ocorrerão as próximas Eleições Gerais. A legenda já esteve à frente do GDF por dois mandatos e nas eleições deste ano teve que engolir um ‘violeiro-forasteiro’ como candidato ao governo devido a uma negociação feita pela cúpula nacional petista.
Nos bastidores, o sentimento entre a ‘companheirada’ do DF é que a falta de um petista na disputa ao GDF deixou uma má impressão e sinalizou que a legenda está enfraquecida no cenário político local e desorganizada para encarar outro pleito eleitoral.
Fontes do partido revelaram ao Expressão Brasiliense que uma disputa interna entre lideranças petistas já começou. Para o próximo ano, estão previstas eleições no PT para os diretórios nacional, regional e municipal. Como na legenda existem várias correntes políticas, quem assumir o comando da sigla, com certeza, sai na frente.
“Vai depender se o Lula vai querer que haja eleições no PT no próximo ano”, confessou uma das fontes.
Disputa interna
A fim de evitar que um novo ‘forasteiro’ seja protagonista em 2026, nomes do PT do DF já começaram a se movimentar. Entre os possíveis candidatos que surgem no cenário interno estão o da deputada federal reeleita Érika Kokay, do ex-deputado federal Geraldo Magela, da sindicalista e candidata derrotada ao Senado, Rosilene Côrrea, e o estreante na CLDF, Gabriel Magno.
Há também uma corrente do partido que tenta convencer o ex-distrital e atual conselheiro do Tribunal de Contas do DF (TCDF), Paulo Tadeu a antecipar a sua aposentadoria prevista para 2030, e perder todas as benesses do cargos, para ser o cabeça de chapa do partido na disputa ao GDF em 2026. Por enquanto, o ex-distrital não disse que sim e nem que não.
Na visão de muitos petistas, o retorno de Lula ao Planalto potencializa as chances da legenda voltar a administrar a capital federal. No entanto, as lideranças e a militância petista estão cientes que precisam chegar nas próximas eleições unidos e não rachados como foi neste ano.
Os nomes estão postos à mesa. Agora, cabe a cada um deles conquistar apoios até 2026 porque, senão, outro ‘forasteiro’ vai ser a estrela.
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