Depois de presidir o MDB Mulher do DF por mais de 10 anos, a ex-secretária da Mulher do DF e pré-candidata a deputada distrital, Ericka Filippelli, disse durante entrevista ao Café Expressão, do portal Expressão Brasiliense, na noite de quarta (22), que sentiu muito ter que trocar de partido para poder disputar as eleições deste ano e continuar trabalhando em defesa da mulher.
Segundo Ericka, ela ingressou no MDB por meio de seu sogro, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli. Quando ele anunciou que iria concorrer ao mesmo cargo, ela decidiu mudar de legenda para não entrar em confronto direto com o pai de seu marido e foi em busca de trilhar seu próprio caminho se filiando ao PTB no limite do prazo.
“Eu entendi que se eu aceitasse as opções que me deram (sair candidata a federal ou abrir mão de concorrer), eu estaria decretando a minha morte política porque eu não teria mais voz e autoridade para falar de um tema que para mim é muito importante. É mais que uma eleição. É mais do que estar lá (no MDB). É a minha missão de vida e eu tenho que seguir em frente”, afirmou. “Se doeu? Claro que doeu. Imagina… foi o partido que me entreguei”.
Quanto as especulações de bastidores sobre sua relação com o sogro após sua saída do MDB, Ericka disse que tudo continua como antes. Nada mudou entre eles. Porém, ao ser questionada se esperava que Tadeu lhe passasse o bastão como herdeira política, ela confessou que “sim”.
Implementação da Secretaria
No entanto, no decorrer da entrevista Ericka Filippelli mostrou porque ela se tornou a primeira chefe de uma Secretaria de Estado da Mulher no DF. Antes, a pasta era adjunta de uma outra secretaria e tinha pouca estrutura para atuar. Ericka comandou a implementação do órgão e fez dele uma das vitrines do governo Ibaneis.
“Era uma política esquecida, abandonada pelos governos anteriores. O que a gente fez nesses três anos foi criar programas e projetos com recursos orçamentários e dentro do planejamento estratégico do governo. A gente entregou uma política estruturada e hoje temos a Casa da Mulher Brasileira funcionando em Ceilândia e o governo está construindo outras unidades em São Sebastião, Recanto das Emas, Sobradinho II e Sol Nascente”, destacou a ex-secretária.
Programas da SMDF
Ericka também elencou outros programas da pasta que comandou como o Empreende Mais Mulher, Oportunidade Mulher, Mão na Massa, SMDF em Ação e a elaboração do II Plano Distrital de Políticas para Mulheres.
Ainda durante a entrevista, a pré-candidata a distrital explicou porque não quis trocar o sobrenome Filippelli e também fala de outros temas relacionados a mulher como a participação na política e o enfrentamento à violência doméstica.
Assista abaixo a íntegra da participação de Ericka Filippelli no Café Expressão:
Fotos: Fabiana Oliveira/Destaque DF