• 29 de abril de 2024

EDUCAÇÃO INCLUSIVA | Escolas da rede pública do DF promovem e incentivam a valorização da cultura afro-brasileira

Cerca de 160 crianças do Paranoá e do Vale do Palha, zona rural do Lago Norte, participam de oficinas de capoeira e danças populares, além de fotografia e contação de histórias, voltadas à temática afro-brasileira e coordenadas pela UCDF Capoeira.

Batizada Ubuntu – palavra que, em tradução livre, significa humanidade para todos –, a iniciativa ocorre às terças e às quintas-feiras, na Escola Classe (EC) Aspalha, do Lago Norte, e às sextas-feiras, no Centro Educacional (CED) Darcy Ribeiro, no Paranoá, com a participação dos professores e colaboradores voluntários.

“O projeto é fruto de um trabalho que vem sendo desenvolvido em várias comunidades e regiões administrativas, com o objetivo de trazer qualidade de vida, informação e sentimento de pertencimento a essas crianças que certamente fazem parte de uma camada mais vulnerável da nossa sociedade”, Eduardo Segovia, coordenador das oficinas

O projeto conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), uniformizar a criançada e ajudar na aquisição de materiais necessários durante as oficinas. Em novembro, mês dedicado à comemoração da consciência negra, os alunos serão convidados a expor os trabalhos produzidos.

Preservação dos costumes

“A valorização e o fomento da cultura afro-brasileira por meio de projetos de capacitação e formação é de fundamental importância para construir uma sociedade mais inclusiva, justa e promotora do resgate histórico de nossas tradições”, avalia o coordenador da Subsecretaria de Difusão e Diversidade Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Leandro Oliveira.

Coordenador das oficinas, Eduardo Segovia, o Mestre Foca, conta: “O projeto é fruto de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde 1995 em várias comunidades e regiões administrativas do DF, com o objetivo de trazer qualidade de vida, informação e sentimento de pertencimento a essas crianças que certamente fazem parte de uma camada mais vulnerável da nossa sociedade e que necessitam muito desse tipo de ação”.

Oficinas

“Nossa, eu fiquei muito feliz em poder voltar a fazer as aulas de capoeira, que antes eu fazia na igreja, mas precisei parar”, conta a aluna Polyana Santos, 10 anos. “Aqui a gente aprende a não só lutar, mas também a dançar, porque a capoeira tem essas duas qualidades, e isso é muito legal.”

A estudante é uma das 60 crianças da faixa etária de 10 a 12 anos atendidas pelo projeto na EC Aspalha. A instituição, atualmente, trabalha com  232 alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, moradores do Paranoá, Itapoã e Núcleo Rural do Lago Norte.  Já no CED Darcy Ribeiro, as oficinas envolvem estudantes da faixa de 13 a 15 anos, reunidos em grupos de 25 a 30 pessoas.

“O intuito é enriquecer a prática pedagógica ligada à cultura afro-brasileira com foco em entender e aprender sobre nossas origens e da comunidade no qual estamos inseridos, que é predominante negra”, explica a diretora da EC Aspalha, Juliana Pereira. “Além disso, notamos que é necessário o incentivo de projetos para os alunos perceberem suas identidades e se reconhecerem como participantes da cultura negra. É o que estamos construindo ao longo do ano, diariamente.”

(Agência Brasília)

Foto: Jotta Casttro/SEE-DF

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