Para os que estavam pensando que o bloqueio nas rodovias anunciado na semana passada pelos caminhoneiros era um blefe, nesta quinta-feira (24), já estamos no quarto dia de paralisação da categoria. O comércio e o consumidor estão sofrendo com a alta de preços de vários produtos. Já já os serviços e outras coisas terão os preços alterados devido a mobilização que está ocorrendo em todo o País.
E os reflexos são inúmeros. O preço da gasolina está oscilando dependendo do estoque que o posto tenha. O etanol sumiu das bombas. Longas filas estão se formando nos postos de todo o DF. O governo do DF anunciou que os fiscais do Procon (órgão de fiscalização do DF) estão nas ruas para combater e multar os postos que estão com preços abusivos.
As empresas que operam no sistema de transporte do DF estão informando que não terão combustível suficiente para continuar circulando e garantir transporte para a população. A Pioneira e a São José dizem que só tem combustível até hoje. A Marechal e a Urbi até amanhã (25) e a Piracicabana e a TCB até domingo. A frota é de 2,8 mil automóveis. Em torno de 650 mil pessoas embarcam e desembarcam nos coletivos diariamente, segundo o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans).
E não é só a gasolina que vem aumentando o preço. Na Central de Abastecimento do DF (Ceasa), os preços também dispararam. O saco de batatas que custava R$ 40,00 passou para R$ 300,00. A caixa de tomate com 20kg que estava a R$ 60,00 na segunda-feira, hoje estava sendo vendida a R$ 200,00.
As frutas como mamão e melão, que vem do nordeste para a capital federal, não chegou essa semana e praticamente não tem na Ceasa para vender. Certamente, quando chegar, o preço deverá estar lá em cima. A Ceasa é o principal local de abastecimento de alimentos de Brasília.
Os comerciantes do setor de bares e restaurantes já começam também a ter que pagar mais pelos produtos. Distribuidoras de alimentos já não entregaram alguns produtos nesta semana por não ter recebido suas cargas. O preço da carne bovina teve uma alta em relação à semana passada. Ou seja, os empresários já estão preocupados de que forma vão repassar esse aumento sem que os clientes deixem de consumir.
O presidente do Sindicato dos Supermercados do DF, Antonio Tadeu Peron, disse em entrevista ao G1 que não há necessidade de o consumidor comprar alimentos para estocar. “Não há reflexo nas prateleiras, os empresários têm estoque”, disse.
Apesar de todo esse caos gerado pelos caminhoneiros, o governo federal parece que não está muito preocupado. Nesta quinta-feira, na parte da tarde, está agendada uma reunião entre a categoria e alguns ministros para tentar chegar a um acordo. A Petrobras anunciou agora pela manhã a redução em 10% e o congelamento no preço do diesel por até 15 dias a fim de atender os caminhoneiros.
Da Redação com informações de sites de notícias
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