O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, confirmou que, nessa terça-feira (10/4), o Distrito Federal registrou o primeiro caso de morte por H1N1. Segundo ele, a vítima é um homem de 54 anos que teve uma síndrome respiratória aguda grave provocada pelo vírus Influenza A.
O homem morreu no Hospital Regional de Ceilândia no fim de março e, só nessa terça (10), os exames confirmaram o motivo do óbito. Até agora, são três casos registrados de H1N1 neste ano em todo o DF. Um deles é de um bebê de 1 ano e 3 meses, que não teve o nome revelado por motivos de segurança. A criança chegou a ficar internada durante três dias, mas se curou da doença.
“No ano passado, não tivemos nenhum caso. Nós efetivamente temos o vírus circulando e há um risco à população”, destacou o secretário, durante coletiva à imprensa nesta quarta (11).
Sobre uma possível epidemia, Fonseca comentou que “os níveis ainda não são preocupantes”. Ressaltou ainda que o aumento de casos de pacientes relatando problemas respiratórios “faz parte da sazonalidade normal que marca o final do verão no Distrito Federal”.
Mesmo com uma morte confirmada, nenhuma alteração será feita no calendário de imunização, que começa no dia 23 de abril. Sobre uma possível mutação do vírus Influenza A, Fonseca reforçou: “As vacinas são adequadas e constituem a forma mais eficaz de prevenção de novos casos”.
Para reduzir ao máximo a circulação do vírus, a Secretaria de Saúde recomenda que os brasilienses, além de buscarem a imunização, evitem aglomerações e façam higienização constante das mãos. Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde, Marcos Quito, a suspeita é que o vírus tenha vindo de Goiás e sofrido mutação. “A baixa cobertura vacinal no ano passado (92%) pode ter contribuído para a maior circulação da doença”, destacou.
A Saúde confirmou ainda outra morte, de uma criança com menos de 1 ano portadora de uma síndrome congênita. Ela foi vítima de metapneumovírus, vírus mais comum da gripe. Além do público infantil, os grupos considerados de risco são gestantes, pacientes com doenças crônicas e idosos.
Por enquanto, vacinas contra H1N1 estão disponíveis apenas na rede particular. Nos postos da rede pública, só a partir do dia 23. De acordo com a Secretaria de Saúde, o DF receberá 777.700 doses. Elas serão distribuídas pelo Ministério da Saúde e previnem contra os vírus Influenza A, Influenza B, H1N1 e H3N2. A previsão é que o chamado dia D, o Dia de Mobilização Nacional, ocorra em 12 de maio.
Poderão se vacinar de forma gratuita aqueles que fazem parte dos grupos prioritários. São eles:
Crianças de 6 meses a 5 anos incompletos
Grávidas em qualquer idade gestacional
Puérperas (até 45 dias pós-parto)
Pessoas com 60 anos ou mais
Pessoas com doenças crônicas e outras categorias de risco clínico
Povos indígenas
População privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas
Professores das redes pública e privada
Trabalhadores da área de saúde
Segundo o boletim informativo de gripe referente à semana epidemiológica nº 13 de 2018, a estimativa é vacinar 706.988 pessoas no DF, com meta de cobertura de 90% de cada um dos grupos prioritários.
Dicas para se prevenir da gripe:
Para evitar a transmissão da gripe e de outras doenças respiratórias, a Secretaria de Saúde recomenda:
Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de comer
Usar lenço descartável para higiene nasal
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
Manter os ambientes bem ventilados
Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe
Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes arejados)
Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos
Matéria do site Metrópoles
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