Após anos de convivência com a ditadura militar, políticos mais experientes estão temerosos e intrigados com a aproximação do futuro presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) com as Forças Armadas. Capitão da reserva, Bolsonaro, desde que se elegeu em outubro, tem feito questão de participar de solenidades militares, terá ministros de alta patente integrando seu governo e tem usado as instalações militares para descanso acompanhado de familiares. Desde o presidente João Figueiredo, o último do regime, um presidente da República não tinha tanta proximidade com as Forças Armadas.
Em Brasília, nos bastidores políticos antigos e que conviveram com período militar vivem especulando que Jair Bolsonaro está sendo manipulado pelo alto comando das Forças Armadas visando sustentar um projeto que garanta poder político aos militares. Faz muito tempo que circula no meio político a conversa da criação de um partido composto só com militares, mas nunca avançou e os próprios homens da farda negam a existência de tal feito.
A única certeza que se tem é que com os militares ocupando cargos de destaques e o aumento do monitoramento dos atos e práticas dos agentes públicos, muita gente já anda preocupada com o que está por vir. Apoio popular para realizar mudanças extremas e necessárias para que o Estado deixe de ser assaltado por corruptos e quadrilhas organizadas disfarçadas, Bolsonaro tem. Resta saber se terá pulso.
Da Redação
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