• 24 de abril de 2024

O FINO DA POLÍTICA | Pesquisa revela que renovação na CLDF pode ser pequena em 2022

Pesquisa revela que renovação na CLDF pode ser pequena em 2022

Foto: Reprodução/Google Imagens

No decorrer da semana, este colunista teve acesso a uma pesquisa realizada na penúltima semana de dezembro de 2021 a qual traz apontamentos de possíveis cenários e perspectivas para as eleições deste ano, entre elas, a de que a Câmara Legislativa do DF (CLDF) pode manter boa parte dos atuais distritais e que a tal renovação projetada por marqueteiros e ‘pitaqueiros de plantão’ pode não ocorrer. A disputa eleitoral para a CLDF promete ser acirrada e a briga por uma das 24 vagas não será para amadores.

Em tempo, a pesquisa foi encomendada por um político que disputou as eleições passadas e está avaliando as possibilidades de se candidatar novamente. Ela não foi divulgada e nem registrada por ter sido feita em 2021 e não se enquadra na atual legislação eleitoral que determina que pesquisas feitas a partir do dia 1º de janeiro sejam registradas na Justiça Eleitoral.

Dos atuais distritais, 18 continuariam na CLDF

De acordo com a pesquisa espontânea, considerando as mudanças na legislação eleitoral para este ano, entre os atuais 24 deputados distritais, se todos se candidatassem à reeleição, apenas 18 voltariam a usar a cadeira do plenário. No top 10, apenas oito distritais seriam da atual legislatura, um ex-distrital de esquerda retornaria à casa e um novato da direita desbancaria parlamentares que estão na CLDF a mais de duas legislaturas.

O queridinho da CLDF

Foto: Divulgação/CLDF

A pesquisa espontânea indica que o deputado Chico Vigilante, do PT, é o mais lembrado entre os atuais distritais. Essa é a segunda vez que o nome do parlamentar petista encabeça uma lista em que o eleitor é submetido a pergunta: – se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para deputado distrital? Pelo visto, o trabalho de Chico está bem avaliado na visão dos eleitores. Vale registrar que a sondagem foi feita nas 21 zonas eleitorais do DF. Portanto, não vale dizer que foi feita só em Ceilândia.

Novatos não agradaram

Entre os distritais que não voltariam à CLDF estão os deputados de primeiro mandato, Leandro Grass, da Rede; Júlia Lucy, do Novo; Iolando, do PSC; Valdelino Barcellos, do Progressistas; Daniel Donizet, do PL; e Roosevelt Vilela, do PSB, que era suplente na legislação anterior.

Risco de não se reeleger

Alguns distritais precisam rever suas estratégias, pois se as eleições fossem em dezembro, eles iam correr o risco de não se reeleger e precisariam contar com a sorte para entrar pela sobra eleitoral. São eles: Hermeto, do MDB; Fernando Fernandes, do Pros; e Delmasso, do Republicanos.

Representatividade na CLDF

Avaliando os partidos dos possíveis candidatos, os considerados grandes e de médio porte manteriam a sua representatividade na CLDF como o MDB, PT, PL, Republicanos, PSD e PDT. Dos nanicos, apenas o Avante conseguiria eleger apenas um distrital e não dois como na atual legislatura. O DEM, PSDB, PSL, PSC, Novo e Progressistas não elegeriam ninguém.

Só a metade dos federais

Foto: Reprodução/G1

Já a pesquisa espontânea para deputado federal aponta que dos atuais oito parlamentares da bancada do DF, apenas Flávia Arruda, do PL; Érika Kokay, do PT; Bia Kicis, do PSL; e Celina Leão, do Progressistas, retornariam ao Congresso.

Possível retorno

A sondagem revela que o ex-deputado Fraga, do DEM, e o ex-vice-governador do DF, Paulo Octávio, do PSD, estariam de volta à Câmara dos Deputados.

Novatos na Câmara

Entre os postulantes que almejam disputar uma das oito vagas do DF na Câmara neste ano, o distrital Rafael Prudente, do MDB, e o secretário de Ciência e Tecnologia, Gilvan Máximo, do Republicanos, completariam a bancada de deputados da capital federal no Congresso.

Flávia Arruda na frente para o Senado

Foto: Reprodução/O Globo

Na disputa pela única vaga ao Senado neste ano, a ministra e deputada Flávia Arruda está na frente do atual ocupante da cadeira, o senador Reguffe, do Podemos. Flávia desbancaria o ex-assessor de seu marido, o ex-governador José Roberto Arruda, do PL, facilmente. Como diz uma fonte do Buriti: – ela já pode comprar o ‘terninho’ para a posse.

Ibaneis isolado na liderança

Foto: Reprodução/Google Imagens

Quanto a disputa ao Palácio do Buriti, a pesquisa confirma outros levantamentos realizados no decorrer de 2021. De acordo com a sondagem feita de forma espontânea, o governador Ibaneis Rocha, do MDB, tende a permanecer por mais quatro anos no GDF. O emedebista está bem na frente dos demais concorrentes.

Gestão aprovada

Apesar da oposição gritar pelos quatro cantos do quadrado federal que Ibaneis Rocha está mal avaliado, a pesquisa aponta que o governador tem sua gestão aprovada por mais de 50% dos cidadãos brasilienses. De repente, esse seja o motivo do desespero dos adversários.

Simulações para o 2º turno

O instituto de pesquisa fez simulações de um eventual 2º turno entre Ibaneis e alguns adversários. Na disputa entre Ibaneis e Reguffe, o emedebista venceria. Ibaneis versus o senador Izalci, do PSDB, dá Ibaneis. E numa eventual disputa entre Ibaneis e Flávia Arruda, o governador também venceria a ministra.

Já num cenário sem Ibaneis concorrendo, numa disputa entre Reguffe e Flávia, a ministra ganharia. Reguffe versus Izalci, o senador do Podemos venceria o tucano.

Disputa ao Planalto

Foto: Reprodução/Google Imagens

Quanto a disputa ao Palácio do Planalto, o atual presidente Jair Bolsonaro, do PL, está um pouco na frente do ex-presidente Lula, do PT. A diferença é mínima e, se considerar a margem de erro, há um empate técnico entre os dois. Para mais de 50% dos cidadãos brasilienses, Bolsonaro não merece permanecer por mais quatro anos. Ou seja, tanto Bolsonaro quanto Lula podem vencer aqui no DF.

* José Fernando Vilela é editor-chefe e colunista deste portal. A coluna O Fino da Política é publicada todos os domingos.

José Fernando Vilela

José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral e trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado), partidos políticos, parlamentares e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É presidente da ABBP - Associação Brasileira de Portais de Notícias - desde 2021.

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