• 1 de abril de 2025

O FINO DA POLÍTICA | Legado de Ibaneis fortalece seu grupo, pavimenta caminho para Celina sucedê-lo e seu nome fica em evidência para 2030

Legado de Ibaneis fortalece seu grupo, pavimenta caminho para Celina sucedê-lo e seu nome fica em evidência para 2030

Legado de Ibaneis fortalece seu grupo, pavimenta caminho para Celina sucedê-lo e seu nome fica em evidência para 2030
Foto: Reprodução/Google Imagens

A trajetória política do atual governador do DF, Ibaneis Rocha, do MDB, é daquelas que mereceria um livro para registrar e servir de referência ao trabalho que vem realizando à frente do GDF desde 2019. Quando anunciou que seria candidato, em meados de setembro de 2017, ninguém acreditava em seu potencial. Ibaneis chegou a declinar de concorrer ao Buriti. No entanto, a desistência do falecido Jofran Frejat da corrida eleitoral – mesmo estando em primeiro lugar nas pesquisas e alegando que não venderia a sua alma ao diabo – fez o “desconhecido” advogado repensar sua decisão e voltar ao cenário. Ao iniciar sua caminhada, Ibaneis Rocha entrou na campanha sob o ceticismo de ser um neófito na política. A maioria de seus adversários o subestimou, entre eles o então deputado federal Alberto Fraga, que enchia a boca para atacá-lo, questionando: “Quem vai votar num desconhecido?”. Pois bem, o eleitor brasiliense, sentindo-se abandonado e jogado às traças pelas duas administrações da esquerda (governos Agnelo e Rollemberg), resolveu dar uma chance ao advogado que fora presidente da OAB-DF, reconhecido no mundo da advocacia pelo trabalho nos tribunais e por ter um discurso mais convincente do que o de seus adversários. Ibaneis Rocha se elegeu e se tornou a primeira pessoa nascida aqui a governar a cidade – e o resultado dessa aposta do povo, que representa a maioria dos eleitores, está colhendo os bons frutos da gestão do emedebista. O Distrito Federal vive hoje uma outra realidade.

Ao chegar no Buriti, Ibaneis Rocha trouxe consigo um estilo de governar diferente do que, até então, os políticos, o setor produtivo e os eleitores brasilienses estavam acostumados a ver. O emedebista não é afeito à bajulação e não aceita firmar acordos e alianças na base da pressão e chantagem. No decorrer de seus dois mandatos, Ibanei foi se transformando e se consolidou como o novo líder político da capital federal. Sua administração deu uma nova cara para Brasília. Sob seu comando, o DF ganhou novos equipamentos públicos, novos bairros foram reconhecidos como cidades (atualmente temos 35 RAs), grandes obras foram executadas – e algumas ainda estão em andamento –, servidores foram valorizados e medidas foram adotadas para proporcionar mais qualidade de vida aos cidadãos. Aos poucos, Ibaneis Rocha foi demonstrando sua capacidade de administrar a cidade – e olha que os desafios não foram poucos. O emedebista teve a sabedoria de montar um time de auxiliares bem preparados e não se curvou diante dos obstáculos que surgiram, como a pandemia da Covid-19. Sua capacidade administrativa agradou tanto que ele se tornou o primeiro governador a se reeleger no 1º turno. Diante de todo esse crescimento, seus oponentes bem que tentaram arrancá-lo do Buriti logo após os atos antidemocráticos do 8 de janeiro, mas, sem provas contra ele, Ibaneis reassumiu a cadeira após 66 dias – e hoje o que se vislumbra no horizonte é o legado que o emedebista está deixando.

As ações do segundo mandato de Ibaneis estão pavimentando o caminho para que sua vice, Celina Leão, do PP, seja reeleita, pois ela assumirá a titularidade da cadeira em abril do ano que vem, quando o emedebista deixar o cargo para cumprir a legislação eleitoral e se candidatar ao Senado. O nome de Ibaneis Rocha ficará em evidência até 2030 – dificilmente o povo esquecerá o cuidado que ele teve para colocar a cidade novamente no caminho do desenvolvimento econômico. Ibaneis é hoje uma das maiores vitrines de seu partido e dificilmente perderá a disputa ao Senado no ano que vem. Ibaneis Rocha trouxe a alegria para o rosto do povo, algo que não se via por aqui desde os tempos de Joaquim Roriz – e, nesse quesito de cuidar da população, muitos o comparam a Roriz. Os governantes que passaram no Buriti depois de Joaquim Roriz e antes de Ibaneis Rocha deixaram marcas e feridas abertas que o eleitor brasiliense não querem mais. O povo do DF não deseja mais passar vergonha por ter votado em governantes que foram presos por corrupção ou que circulavam “doidão” por aí, chegando a mergulhar no Paranoá para cortar a “lombra” enquanto a cidade se desmanchava. Quando deixar o Buriti, Ibaneis Rocha estará deixando a régua lá em cima.

Vaga de suplente cobiçada

Se há uma vaga que está bastante cobiçada no meio político para as próximas eleições, essa é a de suplente na chapa de Ibaneis Rocha ao Senado. Apesar do emedebista não comentar, analistas e observadores da política brasiliense avaliam que Ibaneis será eleito para o Senado no ano que vem – e seu retorno ao GDF em 2030 é dado como certo, pelo simples fato de ele deixar um legado gravado no subconsciente do eleitor. Nas eleições de 2026, a direita brasiliense tem chances de preencher as duas vagas ao Senado que estarão na disputa. Caso a esquerda consiga ficar com uma delas, a outra será de Ibaneis Rocha. Muito se fala nos bastidores de que Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e presidente nacional do PL Mulher, pode desbancar o atual governador. Entretanto, o que muitos se esquecem é que Ibaneis Rocha tem um trabalho a apresentar, diferente de Michelle, cuja candidatura ainda é incerta. Além disso, ao comparar o trabalho de Ibaneis com o da ex-primeira-dama no DF, o emedebista ganha de lavada, pois a gestão de Jair Bolsonaro não deu muita atenção à capital do País. Portanto, se há uma vaga cobiçada nos bastidores, essa é a de 1º suplente de Ibaneis Rocha. De acordo com fontes palacianos esse nome já foi definido pelo próprio Ibaneis, mas somente será revelado no momento do registro da candidatura. Quem viver, verá.

Fraga corre o risco de pendurar as chuteiras com derrota

Fraga corre o risco de pendurar as chuteiras com derrota
Foto: Divulgação/PRD-DF

Já não é de hoje que o deputado federal Alberto Fraga, do PL, anda circulando pela cidade anunciando que será candidato ao GDF no ano que vem. Na semana passada, ele esteve com o presidente do PRD-DF, Lucas Kontoyanis, e logo se espalhou pela cidade a notícia de que o federal pensa em disputar a cadeira de governador do DF. Apesar de toda a empolgação do coronel, da reserva da PMDF, ele esqueceu de olhar para o retrovisor e avaliar seus últimos desempenhos perante às urnas. Em 2018, Fraga levou uma surra de Ibaneis Rocha – a quem desmerecia na época da campanha, chamando-o de “desconhecido”. Na última eleição, ele só conseguiu voltar ao Congresso Nacional após sair do União Brasil, indignado por não ter ficado no comando do diretório regional do DF, e migrar para o PL, onde teve a sorte grande de ser eleito graças aos mais de 214 mil votos da deputada Bia Kicis – e não com os seus próprios, tendo conseguido pouco mais de 28 mil. Se realmente ele decidir bater chapa contra a “Leoa”, que esteja preparado para correr o risco de pendurar as chuteiras com mais uma derrota em seu histórico. Dizem as más línguas que Fraga ainda não percebeu que está caindo numa arapuca grega.

Daniel Donizet apronta novamente e deixa CLDF, MDB e apoiadores numa saia-justa

Daniel Donizet apronta novamente e deixa CLDF, MDB e apoiadores numa saia-justa
Foto: Reprodução/Instagram

As imagens do distrital Daniel Donizet, do MDB, chapadão em um puteiro em Porto Alegre (RS), na madrugada de sexta-feira (28), deixaram a Câmara Legislativa do DF, seu partido e seus apoiadores numa saia-justa. A cena é deprimente. Tudo bem que se trata da vida pessoal e privada do parlamentar – como bem disse uma auxiliar próxima a ele a este colunista –, mas, por se tratar de uma autoridade política, sua atitude é, no mínimo, vergonhosa para os que estão ao seu lado. O episódio envolvendo a atriz pornô Andressa Urach está circulando no país. Tomara que a vida particular do distrital não seja exposta no “Fantástico” de hoje, não é, amiga? A atitude de Donizet causou revolta na CLDF e no MDB. Há parlamentares que querem ir além e pedir um exame toxicológico do colega de plenário. Lamentavelmente, Daniel Donizet pode estar jogando sua carreira política na latrina com seus comportamentos. Esse é o segundo escândalo, neste segundo mandato do distrital – eleito sob a bandeira da defesa e proteção aos animais –, pois, na primeira vez, teve problemas com uma garota de programa; desta vez, elevou o patamar e quis “lacrar” com uma atriz pornô. Qual será o próximo capítulo da vida privada de Daniel que se transformará em escândalo? Entre os tantos comentários de leitores sobre as aventuras de Donizet enviados a este colunista, um chamou a atenção: “Só falta ele agredir um pet para fechar o caixão de vez”. Oxalá não chegue a tanto.

José Aparecido Freire tem trabalho reconhecido e é homenageado pela CNC

José Aparecido Freire tem trabalho reconhecido e é homenageado pela CNC
Foto: Divulgação/CNC

Prestes a completar 65 anos em abril, Brasília – por ser a cidade que acolhe a sede dos Três Poderes da República – se tornou uma das regiões com maior concentração de dirigentes de entidades representativas dos mais variados setores do Brasil. E entre eles, um gestor se destacou pelo trabalho no setor de comércio de bens e serviços da capital federal: José Aparecido Costa Freire. O empreendedor goiano, natural de Corumbá de Goiás, que chegou a Brasília em 1972 e está à frente do Sistema Fecomércio do DF desde março de 2021 (mandato até 2026), foi homenageado na semana passada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entidade da qual é vice-presidente. O estúdio de produção de conteúdo e informação da CNC, inaugurado pelo presidente da entidade, José Roberto Tadros, leva o seu nome. Na ocasião, o dirigente do DF declarou sentir-se muito honrado por ser homenageado em vida: “Ter meu nome associado a um estúdio dedicado à produção de conteúdo e informação para os mais diversos públicos é algo que muito me emociona”. Também, na semana passada, foi inaugurado o Centro de Educação Profissional do Senac-DF Miguel Setembrino, no Setor Comercial Sul (SCS). Na ocasião, o governador do DF, Ibaneis Rocha, afirmou que José Aparecido caminha para ser reeleito em 2026 para mais um mandato, em virtude do trabalho desempenhado no Sistema Fecomércio-DF. Parabéns ao doutor José Aparecido pelo extraordinário trabalho realizado para fortalecer seu setor e contribuir com o desenvolvimento da nossa capital.

Má fama de Reguffe faz com que candidatos rejeitem seu apoio

Má fama de Reguffe faz com que candidatos rejeitem seu apoio
Foto: Reprodução/Google Imagens

Ao anunciar que planeja retornar à vida pública, o ex-senador, ex-federal e ex-distrital José Antônio Reguffe deixou muitos que apreciam sua atuação empolgada com apreensão. Contudo, a possível volta de Reguffe traz consigo a má fama do ex-parlamentar de não transferir votos para aqueles que se candidatam com seu apoio – algo que já aconteceu em 2010, 2014, 2018 e 2022. O último a passar vergonha nas urnas com o apoio de Reguffe foi o candidato à distrital, Daniel Radar. Segundo dirigentes partidários do DF, o ex-senador só pede votos para si mesmo. Entre os que já foram às urnas com a esperança de se eleger com seu aval, predomina a sensação de que Reguffe só promete e não move uma palha para ajudar seus aliados. Para as eleições do ano que vem, muitos dos que foram vítimas do cinismo do ex-parlamentar não querem vê-lo nem pintado de ouro.

Mistério da semana

• Quem é o parlamentar do DF que é considerado o plano B da direita na disputa pelo Buriti, caso aconteça algum erro de percurso até 2026 com a corrente política? Mistério…

* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do Expressão Brasiliense. Foi presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – de 2021 a 2024. Apresenta o programa Viva a sua Cidade, de segunda a sexta, das 11h às 13h, na rádio Viva FM 101.3.  E apresenta o podcast Café Expressão, pela TV Expressão no YouTube, entrevistando autoridades políticas, parlamentares, dirigentes de entidades representativas, artistas, empresários, profissionais liberais, entre outros.

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