Expressão Brasiliense 
Fred Linhares baixa a crista e diz que vai concorrer à reeleição em 2026
As “férias forçadas” do deputado-apresentador da Record Brasília, Fred Linhares (Republicanos), devem ter contribuído para que o parlamentar refletisse sobre sua posição no jogo político de 2026. Resultado: baixou a crista e anunciou que vai mesmo disputar a reeleição no ano que vem. A declaração sobre a desistência de concorrer ao Buriti foi dada pelo próprio deputado ao jornalista Arthur de Souza, do Correio Braziliense. Incentivado pelo presidente do Republicanos-DF, Wanderley Tavares, a se lançar como pré-candidato ao GDF nas próximas eleições, Fred vinha perdendo espaço, tanto no meio político quanto na carreira profissional, e servindo apenas como moeda de troca para fortalecer o seu mentor, não a si mesmo.
Deputado de primeiro mandato, Fred ainda precisa percorrer um longo caminho até sonhar com a cadeira de governador do DF. Além da falta de expertise em gestão pública (e, diga-se de passagem, também na articulação política), o nome do republicano acabou se desgastando no meio político durante o período em que se deixou manipular pelo dirigente do partido. Nos bastidores, já existe um consenso entre vários setores da sociedade brasiliense: o nome mais preparado para manter o DF nos trilhos é o da atual vice-governadora Celina Leão (PP), que vai disputar a reeleição já no cargo de chefe do Buriti, tendo em vista que Ibaneis Rocha, atual titular da cadeira, por força da lei eleitoral, deixará o comando do GDF para concorrer ao Senado. E a “Leoa” vem mostrando capacidade administrativa nas ausências de Ibaneis, o que a coloca como favorita nas pesquisas de intenção de voto.
Vale lembrar que Fred Linhares só aparece bem posicionado em levantamentos de opinião por causa da superexposição como radialista e apresentador. Ele está diariamente em contato com a população do DF via Rádio JK FM e no Balanço Geral da Record Brasília. Se perdesse o posto de âncora na TV, como havia rumores nos bastidores, certamente, em poucos meses, cairia no esquecimento do eleitorado e deixaria de figurar nas pesquisas. Diante dos últimos movimentos, Fred pode ter tomado a decisão mais sensata de seu mandato. O caminho para a reeleição parece mais tranquilo do que se arriscar em uma candidatura ao GDF e acabar sem palanque a partir de fevereiro de 2027, quando termina a atual legislatura. De quebra, poderia também deixar de ser o apresentador do Balanço Geral, já que, sem mandato, vira apenas mais um funcionário da emissora do bispo Edir Macedo.
Quem sabe, durante esse tempo de reflexão, Fred tenha lido o clássico A Arte da Guerra, de Sun Tzu, que ensina que recuar pode ser necessário para evitar perdas maiores e garantir que o “exército” (no caso, o deputado) esteja pronto para batalhas futuras. Oxalá Fred Linhares tenha aprendido a lição de que não se pode seguir conselhos de lobos e raposas da política que só querem se beneficiar da situação. Na política, é preciso controlar a emoção e deixar que a razão e a sensatez sejam os principais nortes para se manter em evidência e, no caso dos parlamentares, no poder.
Com medo do ‘toc-toc’ da PF, parlamentares suspendem emendas à Moriá
Conforme noticiamos na edição de domingo passado, a Polícia Federal entrou em ação para investigar as emendas destinadas por parlamentares do DF à Associação Moriá — ONG acusada de não ter capacidade técnica para executar projetos com recursos públicos. Com medo do famoso “toc-toc” da PF, os deputados e o senador do DF que destinaram R$ 53 milhões à Moriá anunciaram a suspensão das verbas até a conclusão das investigações sobre possíveis irregularidades.
Apesar de tentar conter danos à imagem pública, a medida não apaga o fato: a reputação de todos eles saiu arranhada. Afinal, é difícil acreditar que uma justificativa fajuta apresentada por uma ONG desconhecida até então tenha sido suficiente para convencer nossos “nobres” parlamentares a despejar milhões do dinheiro público em projetos que mais parecem de fachada.
Quem vai dar as cartas no PT-DF é Leandro Grass
A chegada de Leandro Grass ao PT-DF, mesmo com as manifestações de apoios de algumas lideranças e chiliques de outros petistas, ainda vai levar um tempo para ser digerida pelos “companheiros” de Lula aqui no DF. A militância está revoltada com o presidente Lula que, junto com Janja, apadrinhou a filiação de Grass e desprezou os quadros locais do partido. Nos bastidores, o zum-zum-zum é de que, embora o PT-DF agora tenha um novo presidente — o jovem Guilherme Sigmaringa —, quem vai dar as cartas mesmo é o ex-distrital. Já tem petista cogitando adotar um novo nome político em homenagem ao futuro candidato ao GDF: algo como “Fulaninho de Tal Lula Grass da Silva”.
Rejeitado por Lula, só resta a Cappelli bater chapa com Rollemberg ou tentar a CLDF
O forasteiro Ricardo Cappelli (PSB), atual presidente da ABDI, achava que seria o escolhido de Lula para disputar o Buriti em 2026. A justificativa? Foi interventor da segurança pública do DF e tem como padrinhos ninguém menos que o ministro do STF, Flávio Dino, de quem foi auxiliar quando o magistrado governou o Maranhão, e Rodrigo Rollemberg, este último, considerado o pior governador da história de Brasília. Pois bem. Lula deu uma banana para Cappelli e seus protetores e arquitetou silenciosamente a ida de Leandro Grass para o PT, empurrando o nome goela abaixo dos militantes.
Agora, Cappelli precisa decidir: bate chapa com o padrinho Rollemberg, que sinaliza que vai concorrer à Câmara dos Deputados? Ou tenta a sorte como candidato a deputado distrital? Entre os esquerdistas, há quem acredite que ele possa ser vice de Grass, o que soaria como uma baita rasteira no “doutor Cappelli”, que tem gastado um bom dinheiro em tours pelas cidades do DF para tentar aprender onde fica o Paranoá, a Santa Maria, o Pôr do Sol/Sol Nascente, entre outras tantas desconhecidas para um forasteiro que costuma frequentar os salões do poder. Seguimos no aguardo do destino do paraquedista que chegou posando de ‘doutor’ e passou a ser chamado de “grilo-falante”.
Diretoria do SindMédico-DF vai às urnas sob alta rejeição da categoria
Os médicos da rede pública do DF estão insatisfeitos com a atual diretoria do SindMédico-DF, que concorrerá à reeleição em 12 de agosto. A eleição será virtual, e as chances da oposição derrotar a chapa liderada por Gutemberg Fialho, o “Dr. Guti-Guti”, são grandes. A bronca da categoria é com a condução do sindicato, especialmente no tratamento aos profissionais da ativa. Enquanto outras categorias acumulam conquistas e benefícios, os médicos se sentem esquecidos, e ainda mais revoltados ao ver que sua contribuição financeira ao sindicato tem sido usada para bancar o projeto político de Gutemberg, que pretende disputar uma vaga na CLDF pela quarta vez.
Apesar de já ter “batido na trave” em outras eleições, Guti-Guti insiste na mesma fórmula, cercado por assessores e puxa-sacos que o tratam como um rei nos corredores dos hospitais. Só que o reinado pode estar com os dias contados: há funcionários do sindicato atualizando currículos e se preparando para a troca de comando. É recomendado também o atual comando preparar o bolso para a conta da lavanderia no fim do mês, a gasolina liberada em postos conveniados e outras regalias que estão a disposição. A casa pode cair.
Frase do Fino
“Coitado do deputado Hélio ‘Negão’! Se prestando a fazer o papel de ridículo e boneco do ex-presidente Jair Bolsonaro. Queria ver se fosse preso, se Bolsonaro iria ao menos mandar um maço de cigarro para ele na cadeia”, mensagem enviada por Felipe Andrade, morador de Sobradinho I, via WhatsApp para a redação do Expressão Brasiliense.
Mistério da Semana
Qual é o assessor de um parlamentar do DF que montou um blog voltado para o Entorno só para receber o “jabá” e repassar ao chefe? O que tem de prefeitura comprando espaço publicitário no site-laranja não está no gibi. Mistéééééério…
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do Expressão Brasiliense. E apresenta o podcast Café Expressão, pela TV Expressão no YouTube, entrevistando autoridades políticas, parlamentares, dirigentes de entidades representativas, artistas, empresários, profissionais liberais, entre outros. É presidente do Rotary Club de Brasília, no ano rotário 2025-2026. Foi presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – de 2021 a 2024.
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