Declaração de Lula reconhecendo benfeitorias feitas por Ibaneis no Sol Nascente é um tapa na cara da esquerda brasiliense
As declarações dadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, durante solenidade de lançamento da pedra fundamental da construção de um campus do Instituto Federal de Brasília (IFB) no Sol Nascente, na última quinta (11), de que a região não se parece com uma favela foi um tapa na cara da esquerda brasiliense. Lula questionou: “onde estava a favela?”. Considerada pelo IBGE como a maior favela do País, o presidente disse que a região que surgiu no final dos anos 90 não tem nada do que se conceitua como favela e ainda ressaltou que o Sol Nascente estava melhor do que muitos bairros de São Bernardo do Campo, cidade paulista onde tem sua residência fixa.
O Sol Nascente só foi reconhecido como região administrativa pelo governo Ibaneis, que passou a investir fortemente no local. Antes dele, as duas administrações da esquerda (governos Agnelo (PT) e Rollemberg (PSB)) deixaram a população da região completamente abandonada. Lá atrás, em 2008, o ex-governador José Roberto Arruda deu início a regularização da região transformando o Sol Nascente em Área de Regularização de Interesse Social – Aris, o que possibilitou captar recursos para melhorar a cidade. Ou seja, quem conhece a história do Sol Nascente sabe que quem quis transformar o local em favela foram os governos da esquerda, que nada fizeram. Depois que Ibaneis assumiu o GDF, o Sol Nascente ganhou escola, dois restaurantes comunitários, terminal rodoviário, melhorias na infraestrutura viária e vai ganhar uma UPA. Realmente, o presidente Lula tem razão. O Sol Nascente não é a favela que os esquerdistas tanto queriam para a capital federal. A fala do petista, sem querer, exalta e reconhece as benfeitorias feitas por Ibaneis Rocha no Sol Nascente.
“Quando eu desço aqui, eu estou numa cidade. Obviamente, isso se deve ao trabalho de vocês, as reivindicações de vocês e ao atendimento que setor público fez por vocês”, reconheceu o petista.
Celina sempre pronta para o embate
Além do tapa na cara dado por Lula em seus companheiros, a cerimônia de lançamento do IFB Campus Sol Nascente será lembrada pela postura firme da vice-governadora do DF, Celina Leão, do PP, diante da ‘claque petista’, que desrespeitosamente a vaiou no início de seu discurso. O gesto da plateia não agradou o presidente Lula, que se levantou e ficou ao lado da leoa enquanto ela discursava. Celina de forma muito tranquila destacou que Brasília “é a capital da Democracia. Aonde a gente se respeita e a gente, realmente, precisa de todo o apoio que o governo federal vier a dar a nós”.
A esquerda perdeu no Sol Nascente
A leoa ainda lembrou que a chapa Ibaneis-Celina ganhou no Sol Nascente do candidato apoiado pelo petista em 2022. “Nós investimentos R$ 500 milhões aqui nesta região”, enfatizou a vice-governadora. Celina finalizou sua fala agradecendo ao presidente pelo apoio que seu governo tem dado ao GDF. A leoa recebeu um abraço do petista e foi cumprimentada pelos parlamentares do DF que estavam presentes na solenidade. Celina Leão mostrou que está pronta para qualquer embate.
Ausência de deputados do Republicanos do DF na votação de Chiquinho Brazão foi condenada por bolsonaristas
A votação na Câmara dos Deputados sobre a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, sem partido-RJ, que é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, na quarta-feira (10), jogou os parlamentares contra a opinião pública. A sessão da Câmara teve uma audiência alta e muita gente acompanhou como cada deputado se manifestou. Aqui no DF, a ausência dos três deputados do Republicanos que compõem a bancada de federais da capital foi condenada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente, pela ala evangélica. Os deputados do DF, Fred Linhares, Gilvan Máximo e Julio Cesar se juntaram a outros 11 parlamentares da sigla e não participaram da votação. Fred, após a sessão, apresentou atestado médico.
A atitude dos republicanos brasilienses chamou a atenção dos bolsonaristas porque os três se elegeram apoiados em discursos e narrativas da direita, e a ausência nesse tipo de votação favoreceu os interesses da esquerda. Nos corredores da Câmara, assessores falam de um acordo com os deputados que são de partidos que apoiaram Bolsonaro em 2022 e hoje votam com o governo Lula para não comparecer à votação de Chiquinho Brazão. O combinado não sai caro como se diz. Porém, existem atitudes que não passam despercebidas pelos olhos dos irmãos bolsonaristas. Ao todo, dos 513 deputados federais, 78 não estiveram presentes.
Em defesa da Constituição
Sem temer reações adversas da opinião pública, os deputados Alberto Fraga e Bia Kicis, ambos do PL, tiveram posturas condizentes com seus ideais e bandeiras. Eles votaram contrários à prisão de Chiquinho Brazão por entender que o processo conduzido pelo STF fere os princípios constitucionais e abre precedentes que violam a imunidade parlamentar. Os dois deputados deixaram claro que não estavam votando a favor de Chiquinho Brazão e sim em defesa da Constituição.
Ajudou a diminuir o quórum
Já o deputado Rafael Prudente, do MDB, registrou presença na votação, mas preferiu se abster. Rafael se juntou a outros 27 colegas que também se abstiveram. A abstenção nesse tipo de votação ajuda a diminuir o quórum necessário de parlamentares. Para ser mantida a prisão de Chiquinho Brazão eram necessários 257 votos. O parecer submetido ao plenário foi aprovado por 277 votos a 129. Rafael Prudente optou por ficar na dele.
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do Expressão Brasiliense, e é presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021. Apresenta o programa Viva a sua Cidade, de segunda a sexta, das 11h às 13h, na rádio Viva FM 101.3.
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