Chico Vigilante diz que Manzoni tem que respeitar o regimento e garantiu que ele não vai tumultuar a CPI da CLDF
O experiente deputado distrital, Chico Vigilante, do PT, está tendo que ensinar aos colegas novatos que integram a comissão parlamentar de inquérito da Câmara Legislativa do DF (CLDF) que investiga os atos antidemocráticos que as reuniões e sessões, não só da CPI como da Casa, seguem critérios estabelecidos em seu regimento. Na sessão da CPI da última quinta (23), o distrital Thiago Manzoni, do PL,que passou a integrar a comissão nesse dia como suplente, reclamou que Vigilante ignorou a sua participação. O deputado inclusive divulgou nota à imprensa criticando a postura de seu colega.
O Fino da Política conversou com o distrital Chico Vigilante sobre o episódio e ele afirmou que “o Manzoni está querendo tumultuar a CPI. É o que eu disse lá no dia: – Você não vai atrapalhar o andamento da CPI. E não vai mesmo”.
“Eu vou seguir o regimento e pronto. Ele vai ter o tempo que o regimento permite. Não tem conversa”, enfatizou o veterano.
20 minutos de aula com Lira
Chico Vigilante disse ainda que o deputado Manzoni “deveria assistir a 20 minutos de presidência do (Arthur) Lira na Câmara Federal”. “Vou recomendar isso a ele”, apontou o distrital. O deputado Arthur Lira tem a fama de cortar parlamentares quando estão brigando ou falando bobagem ao microfone.
Discurso vencido
Nos bastidores, assessores da CLDF comentam pelos corredores que esse embate entre Chico e Manzoni já era previsto. Os dois deputados são símbolos de suas correntes políticas na capital federal. Na CPI, o objetivo final é apontar os culpados pelos atos antidemocráticos. O distrital novato sinalizou que entrou em campo para defender o bolsonarismo e tentar inverter o foco das investigações da comissão colocando o governo federal no centro das atenções. Como já ficou acertado entre os distritais que a CPI não vai convocar ninguém da esfera federal, Manzoni já chegou com discurso vencido.
Distritais vão insistir com Alexandre de Moraes para ouvir Anderson Torres
Sobre o pedido de reunião com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga os atos antidemocráticos, o presidente da CPI destacou que o objetivo dessa conversa com o magistrado é mostrar que a CLDF pode contribuir com as averiguações em curso. Outra demanda junto a Moraes é viabilizar a autorização para tomar depoimento do ex-ministro do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF. “O depoimento dele é fundamental”, argumenta Vigilante.
Lei de Leandro Grass que permite a venda das ‘sacolinhas’ pode ter fim com projeto de Wellington Luiz
A ‘brilhante’ lei de jerico do ex-distrital Leandro Grass, do PV, atual presidente nacional do Iphan, que permite que os estabelecimentos comerciais vendam a famosa ‘sacolinha’ para o consumidor pode perder o seu efeito. O deputado Wellington Luiz, do MDB, e presidente da CLDF, apresentou um projeto que proíbe a comercialização das ‘sacolinhas’. Para o distrital, os estabelecimentos devem fornecer gratuitamente a sacola para o acondicionamento e transporte das mercadorias. Hoje o preço de uma bolsa de plástico biogradegradável ou biocompostável custa em média R$ 0,15. Em alguns estabelecimentos, eles deixam de oferecer a ‘sacolinha’ e disponibilizam única e exclusivamente aquela sacola reciclável, o qual o preço varia entre R$ 5,00 e R$ 15,00. Esse foi o grande legado que o Leandro Grass deixou para o consumidor do DF. Imagina se ele fosse eleito governador o que seria de nós. O projeto de Wellington Luiz reúne todas as condições de ser aprovado pelos distritais e sancionado pelo governador Ibaneis.
Bancada do DF segue sem coordenador
Os 11 parlamentares que integram a bancada do Distrito Federal no Congresso Nacional seguem sem coordenador. Os oito deputados e três senadores da capital federal ainda não chegaram a um entendimento. De um lado, o senador Izalci, do PSDB, reivindica a manutenção de um acordo informal de legislaturas anteriores que estipula o revezamento da coordenação entre as Casas Legislativas, o que o beneficiaria já que a vez seria do Senado. Do outro, o federal Rafael Prudente, do MDB, lançou seu nome, conta com o apoio de seus colegas da Câmara e quer ficar com a função. Por ora, ainda não tem data e nem horário para um possível encontro entre a bancada para definir quem vai ficar à frente do grupo.
Reginaldo Veras já se ‘ajeitou’ nas comissões
Recém-chegado na Câmara dos Deputados, o federal Reginaldo Veras, do PV, já aprendeu que política se faz nos bastidores e de forma silenciosa para não atrapalhar as articulações em andamento. O novato Veras garantiu vaga em duas comissões da Câmara. Ele vai representar o DF e seu partido na Comissão de Educação e na Comissão de Saúde. Enquanto as más línguas diziam que o professor ficaria relegado ao baixo clero, ele está mostrando que não é bem assim.
Moro ignorou forças policiais do DF
Quem assistiu ao pronunciamento do senador Sérgio Moro, do União-PR, na última quarta (22), mesmo dia em que a Polícia Federal realizou operação e desarticulou um plano do PCC para matar o então ex-juiz da Lava Jato e defensor do combate ao crime organizado, pode notar que ele praticamente ignorou o trabalho das forças policiais da capital da República. Moro agradeceu apenas as equipes das Secretarias de Segurança do Paraná e de São Paulo. Ou seja, quem ouviu seu pronunciamento ficou com a impressão de que os agentes de segurança daqui do DF não atuam no esquema de segurança para proteger o então parlamentar, sua esposa que agora é deputada federal e sua família. Pegou mal, senador.
Ibaneis quer carga máxima até o fim do ano para recuperar tempo perdido
Assim que voltou ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, mandou avisar aos seus auxiliares que a partir de agora ele quer carga máxima até o fim deste ano para recuperar o tempo perdido durante seu afastamento. Enquanto esteve fora, apesar do governo não ter parado administrativamente, no meio político o pessoal andava preocupado e parecia que estava tudo parado à espera de uma decisão do ‘Xandão’. De volta às ruas, Ibaneis tem sinalizado que quer apresentar os resultados o quanto antes. O emedebista tem batido na tecla: – Eu vou transformar essa cidade. Ciente de que precisa entusiasmar sua equipe para aumentar o desempenho de todos, Ibaneis está acompanhando de perto todas as ações de seu governo e alertou que quer a casa arrumada o quanto antes. A semana que passou contou com vários eventos públicos e anúncios importantes feitos pelo emedebista.
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral e trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021.
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