• 18 de setembro de 2024

O FINO DA POLÍTICA | Antes da CLDF iniciar os trabalhos do 2º semestre, Ibaneis faz a política da boa vizinhança e sanciona projetos de distritais

Antes da CLDF iniciar os trabalhos do 2º semestre, Ibaneis faz a política da boa vizinhança e sanciona projetos de distritais

Antes da CLDF iniciar os trabalhos do 2º semestre, Ibaneis faz a política da boa vizinhança e sanciona projetos de distritais
Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Logo que voltou das férias, o governador do DF, Ibaneis Rocha, do MDB, deu início a uma série de sanções de projetos de leis (PLs) dos deputados distritais. É a tal política da boa vizinhança. Os parlamentares devem iniciar os trabalhos do plenário deste segundo semestre no dia 1º de agosto, conforme consta na agenda de eventos da CLDF, e o gesto de Ibaneis é bem visto dentro do espectro político, pois demonstra que o governador quer manter uma relação harmônica com a Casa, afinal de contas, os distritais necessitam que suas propostas e ideias se tornem lei para apresentar aos seus apoiadores que estão trabalhando em prol da sociedade. Algumas propostas tiveram trechos vetados, mas isso depois os distritais resolvem com a assessoria do GDF que acompanha as votações e negocia-se. Nessa leva de PLs sancionados, Ibaneis não fez distinção entre ser proposta de aliado ou opositor. Todos foram contemplados. E dessa forma, o emedebista vai marcando território e se preparando para as votações do segundo semestre.

Relação fora do padrão

Relação fora do padrão
Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Ibaneis Rocha, como já dissemos por aqui nesta coluna, tem um estilo de governar bem diferente de seus antecessores. Nos bastidores, assessores de parlamentares falam abertamente que o emedebista não é chegado a bajular aliado em busca de apoio. Alguns afirmam que a negociação com Ibaneis é preto no branco, não tem nada feito às escuras. É claro que existem as composições políticas, que são naturais e precisam ser realizadas em busca da governabilidade, porém, nada fora do padrão e nem de longe lembram as práticas escusas executadas por seus antecessores. No passado, era comum ver projetos de interesse do Executivo serem aprovados a toque de caixa na CLDF em troca de mais cargos ou mais recursos para execução de benfeitorias nas bases eleitorais dos distritais que votassem a favor da proposta em questão. Em outros tempos, tinha distrital que adorava ser paparicado pelo Buriti para votar. Mesmo Ibaneis Rocha estando em seu segundo mandato, ainda tem distrital que reclama até hoje em rodas de conversas ou para seus aliados que o governador não é de muita conversa ou aproximação. É bem verdade que hoje Ibaneis Rocha tem parlamentares que se tornaram mais próximos. No entanto, tem deputado, que mesmo sendo da base, vai terminar o mandato e não vai sentar-se à mesa da casa de Ibaneis para comer o famoso tambaqui com batatas feito por ele como tanto sonha o pseudoaliado que volta e meia se revolta. O tempo do tapinha nas costas já se foi, o negócio agora é olho no olho. 

De olho na eleição da mesa diretora

De olho na eleição da mesa diretora
Foto: Carlos Gandra/ Agência CLDF

 

Como o segundo semestre deste ano marca o fim do período de gestão da atual mesa diretora da CLDF, as eleições do comando da Casa devem receber uma maior atenção a partir de agora. Nos bastidores, as movimentações ainda estão mornas, porém, quem estiver interessado em entrar para o seleto grupo de distritais precisa se mexer. Há rumores que o atual presidente da Casa, o distrital Wellington Luiz, do MDB, concorra à reeleição. Falta o próprio Wellington dizer. O vice-presidente, Ricardo Vale, do PT, já declarou, inclusive para este colunista, que estaria disposto a permanecer no cargo, mas afirmou que sabe que depende do apoio do seu bloco e das negociações com os demais para permanecer. O Buriti, até o momento, está se mantendo quieto. Contudo, politicamente, em especial para o grupo Ibaneis-Celina, a manutenção do emedebista Wellington Luiz seria o melhor dos cenários para 2026. As apostas nos bastidores de assessores e observadores da política brasiliense é de que pouca coisa mude na atual configuração da mesa diretora. Há a possibilidade de troca de alguns nomes. Vamos aguardar. As eleições devem ocorrer em dezembro conforme estabelece o regimento interno da CLDF. 

Clima tenso em algumas administrações regionais

Clima tenso em algumas administrações regionais
Foto: Reprodução/Google Imagens

Nos últimos dias têm crescido os rumores de que haverá trocas em algumas administrações regionais do GDF. Fontes disseram para O Fino da Política que há distritais insatisfeitos com o desempenho de seus indicados e outros estão com ciúmes de seus pupilos. De acordo com as informações, o padrinho ou madrinha estava aguardando o governador Ibaneis retornar das férias para solicitar a mudança. No Buriti, ninguém fala nada sobre o tema. Fontes palacianas apenas sinalizam que cabe a quem indicou apresentar um nome com capacidade de seguir em frente com o cronograma de trabalho e continuar com as obras em andamento. 

Ataque de fúria de Raad Massouh em hospital viraliza em todo o país e mostra que não é só a rede pública que tem problema

Ataque de fúria de Raad Massouh em hospital viraliza em todo o país e mostra que não é só a rede pública que tem problema
Foto: Reprodução/Google Imagens

As imagens que circularam nas redes sociais do ataque de fúria do ex-distrital Raad Massouh num hospital particular na Asa Norte viralizaram em todo o país. Tem até matéria em sites dos EUA e Reino Unido repercutindo o caso. Raad foi filmado na madrugada da última quinta (25) discutindo com funcionários da recepção do Hospital Santa Helena que cobraram antecipadamente o valor de R$ 110 mil para internar um amigo do ex-parlamentar que havia sofrido um AVC e estava aguardando ser atendido. O ex-deputado chegou a estapear o monitor de um computador do local enquanto dizia que queria saber qual era o banco que fazia o pagamento de um pix ou cartão de crédito daquele valor naquela hora. Raad Massouh afirmou que tinha o dinheiro, mas que não tinha como efetuar o pagamento naquele momento. Diante da atitude de Raad e temendo uma repercussão negativa, depois de um tempo, a direção do hospital liberou o atendimento. As cenas protagonizadas pelo ex-distrital evidenciam que não é só nas unidades de saúde da rede pública que há problemas quando se precisa de atendimento. Quem tem plano de saúde ou tem dinheiro para bancar atendimento particular também passa por seus perrengues. O sistema de saúde do Brasil, tanto na esfera pública como privada, precisa passar por uma reformulação urgentemente visando garantir vidas e prestando um atendimento decente.   

* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do Expressão Brasiliense, e é presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021. Apresenta o programa Viva a sua Cidade, de segunda a sexta, das 11h às 13h, na rádio Viva FM 101.3.  

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