CPI da CLDF põe o bloco na rua na semana pré-carnaval sob a desconfiança de que pode acabar em pizza
Na semana de pré-carnaval, os sete deputados distritais que vão integrar a comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF (CLDF) para investigar os atos antidemocráticos dos dias 12 de dezembro e 8 de janeiro vão colocar o bloco na rua. Na próxima terça (14), às 10h, eles dão início aos trabalhos da CPI no plenário da Casa. Como todo mundo sabe como as coisas acontecem neste País, a comissão só vai funcionar mesmo depois da folia de momo.
Nos bastidores, a CPI é vista com desconfiança até mesmo por alguns distritais e assessores temem que ela acabe em pizza. O próprio presidente da comissão, o deputado Chico Vigilante, do PT, tentou amenizar o suposto descrédito que há sobre a CPI. Ao fazer seu primeiro discurso assim que foi declarado eleito para a função, Chico disse que “essa CPI não vai acabar em pizza porque nós não somos pizzaiolos”. Com certeza, a população ficará ‘vigilante’ aos atos da comissão.
Hermeto pede respeito à PMDF e quer saber quem bancou farra com churrasco e cerveja no QG
Escolhido relator da CPI, o deputado Hermeto, do MDB, fez questão de defender a corporação ao qual fez parte durante 30 anos, a Polícia Militar do DF. Na quarta (8), o distrital usou a tribuna do plenário para rebater as acusações contra a instituição e avisou que não terá problemas em apontar erros e crimes que tenham sido supostamente praticados por policiais, seja ele militar, civil ou legislativo. Contudo, Hermeto disse que a CPI precisa identificar quem financiou o acampamento e quem estava pagando a locação dos banheiros químicos. O parlamentar falou que quer saber também quem bancou o churrasco e a cerveja no QG. Pelo visto, ao invés de pizza, vai ter um churrascão no final da CPI. Quem vai bancar?
Expectativa de retorno de Ibaneis Rocha ao GDF cresce nos bastidores
Assim que a notícia de que a defesa de Ibaneis Rocha protocolou o pedido de revogação do seu afastamento do cargo de governador do DF, na quinta (9), tornou-se pública, aliados e apoiadores passaram alimentar a expectativa de que o retorno do emedebista ao comando do GDF está perto. Os mais animados apostam que nesta semana o ministro do STF, Alexandre de Moraes, se posicione sobre o caso. No documento encaminhado a ele, os advogados foram bem contundentes em seus argumentos, chegando até a citar decisões do próprio Moraes como referência.
Nem o interventor e nem a PF encontraram nada
Os advogados de Ibaneis sabiamente se valeram dos relatórios do interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Capelli, e da Polícia Federal (PF), que o exime de qualquer culpa nos atos antidemocráticos, para solicitar a Alexandre de Moraes a revisão de sua decisão. A defesa confronta as principais justificativas dada pelo ministro para afastar o então governador. Uma delas é de que o cenário político mudou completamente e não há mais riscos de acontecerem outros atos de vandalismo como dos dias 12 de dezembro e 8 de janeiro por parte de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.
Casos de feminicídio no DF preocupam autoridades
Os últimos casos de feminicídio no Distrito Federal acenderam o alerta das autoridades. Apesar do considerável avanço na implementação de políticas públicas de enfrentamento à violência contra às mulheres, ainda há muito o que ser feito. A governadora em exercício do DF, Celina Leão, do PP, criou o Comitê de Combate ao Feminicídio, que será composto por órgãos do GDF e outras instituições públicas e privadas. Na CLDF, os distritais também se manifestaram sobre o aumento de casos de feminicídio. O vice-presidente da Casa, Ricardo Vale, do PT, chegou a pedir um minuto de silêncio em memória das vítimas.
Distritais apostam em podcast para debater temas que eles defendem
Como o podcast caiu no gosto popular, os políticos resolveram investir nesse novo formato de instrumento de comunicação para interagir com seus eleitores. Por aqui no DF, dois distritais vão receber convidados para debater temas que são defendidos por eles. Na última sexta (10), o novato Thiago Manzoni, do PL, estreou o seu podcast: A direita em todas as direções. Outro que está se preparando para a edição de estreia é o deputado Pastor Daniel de Castro, também do PL. O ex-administrador de Vicente Pires batizou o seu de DanielCast. Os podcasts se tornaram ferramentas de comunicação altamente relevantes para os veículos. Resta saber se vai surtir o resultado desejado no caso dos parlamentares.
Doutora Jane recebe as chaves da Estrutural
Uma das parlamentares mais popular da CLDF, a distrital Doutora Jane, Agir, promoveu sessão solene, na última sexta (10), na Cidade Estrutural, para festejar os 19 anos da região administrativa (RA). A deputada foi delegada na RA e os moradores da Estrutural têm tanta confiança nela que durante a solenidade ela recebeu as chaves da cidade. A bandidagem da região até hoje treme nas bases só de lembrar dos tempos em que Doutora Jane cuidava da segurança da Estrutural.
Roriz Neto celebra os 30 anos de Santa Maria, cidade criada por seu avô
Apesar da pouca idade, o deputado distrital Joaquim Roriz Neto, do PL, sabe bem aonde quer chegar. Depois de tentar por duas vezes se eleger federal, Roriz Neto soube dar um passo para trás para dar dois lá na frente. Como pretende um dia sentar na cadeira que foi ocupada por seu avô, o falecido ex-governador Joaquim Roriz, o distrital está ciente que precisa estar mais perto do povo. Na sexta (10), ele esteve em Santa Maria, uma das regiões administrativas que foram criadas pelo avô, para celebrar os 30 anos da cidade. O distrital divulgou um vídeo que gravou em frente a primeira casa que foi entregue por Joaquim Roriz e afirmou que a habitação é uma de suas bandeiras. Durante a visita, Roriz Neto foi bem cumprimentado e não hesitou em distribuir apertos, abraços e beijos.
PT do DF chega ao 43 anos precisando se reinventar e renovar seus quadros
Ao completar 43 anos de sua fundação, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem muito o que comemorar. Ainda mais agora que retornaram ao Palácio do Planalto. Porém, o mesmo não se pode dizer em relação ao desempenho mais recente da legenda na capital federal. Nas últimas eleições, o PT não teve uma candidatura própria ao GDF. Teve que engolir uma bucha de canhão. O sentimento dos militantes da sigla da capital federal é que o partido precisa renovar seus quadros e também se reinventar. Nos anos 90 e 2000, a legenda era respeitada e tinha força política. Hoje, o cenário é bem diferente e outros partidos de esquerda se fortaleceram a ponto do PT do DF se tornar coadjuvante nas eleições. Vai ver que essa falta de nomes com perfil político para os dias atuais seja a razão pela qual nenhum ‘companheiro’ brasiliense tenha sido contemplado no governo federal.
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral e trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021.
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