O Brasil entra, nesta semana, em um momento decisivo que pode comprometer os rumos da economia nacional no curto prazo. A partir da próxima sexta-feira (1º), entra em vigor a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre todos os produtos brasileiros exportados ao mercado americano. Até o momento, não há qualquer sinal de reversão ou adiamento da medida.
As tentativas do governo brasileiro de reverter a decisão, lideradas pelo vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, tem fracassado. Na semana passada, Alckmin afirmou ter conversado por 50 minutos com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Segundo ele, o Brasil defendeu seus interesses e destacou que o presidente Lula “tem orientado uma negociação sem contaminação política ou ideológica”.
Para o economista André Perfeito, a situação se agravou após o anúncio do acordo entre União Europeia e Estados Unidos, feito no domingo (27). “O Brasil está definitivamente isolado, e as tarifas ganham ares de sanção. Os EUA buscam restabelecer a América como quintal deles”, avaliou.
Nova Guerra Fria
Perfeito afirma que o novo cenário aponta para um reposicionamento geopolítico dos Estados Unidos, que não estariam dispostos a permitir alianças do Brasil com blocos fora de sua órbita de influência. “É uma novidade política que há muito tempo não se via. A The Economist apontou corretamente que a situação atual se assemelha ao período da Guerra Fria.”
Enquanto isso, o governo Lula prepara um pacote de medidas para mitigar os impactos das tarifas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o plano inclui desde a abertura de linhas de crédito até salvaguardas comerciais. “Todo o cardápio possível e imaginável vai ser apresentado a Lula para decisão. Tudo dentro do que permite o direito internacional”, disse Haddad à rádio Itatiaia.
Com informações da Agência Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução/Google Imagens
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