A polêmica sobre a instalação de câmeras de monitoramento nas salas de aula do Distrito Federal ainda está longe de acabar na Câmara Legislativa (CLDF). O projeto de lei, de autoria dos deputados Thiago Manzoni e Roosevelt, ambos do PL, já aprovado em primeiro turno, deve voltar ao plenário nos próximos dias para votação final.
Enquanto os distritais seguem discutindo a proposta, professores e alunos continuam sendo vítimas de abusos e agressões das mais diversas formas nas escolas públicas do DF.
O caso mais recente de violência escolar no DF ocorreu em uma unidade de ensino do Guará, na última segunda-feira (20). Um professor foi atacado pelo pai de uma aluna que foi à escola tirar satisfação após o docente reclamar do uso de celular em sala de aula, algo proibido por lei.
O episódio deixou a população brasiliense perplexa e reacendeu o debate sobre a segurança nas escolas do Distrito Federal.
A agressão no Guará se soma a milhares de ocorrências registradas entre 2024 e 2025 em escolas do DF, muitas delas de igual ou maior gravidade. A comunidade escolar já não aguenta mais conviver com o medo e a insegurança. Chegou a hora de agir, monitorar e saber o que realmente acontece dentro das salas de aula.
O argumento de que a instalação de câmeras constrange alunos e professores é uma falácia. Vivemos o que o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) definiu como panoptismo, a vigilância constante a que somos submetidos no cotidiano, ainda mais com os avanços tecnológicos.
A verdade é que já estamos acostumados com câmeras por todos os lados: nas ruas, nos comércios, nos condomínios e até dentro do transporte público. Então, por que não garantir que crianças, adolescentes e profissionais da educação também estejam protegidos dentro das escolas?
É inaceitável que uma pequena parte dos parlamentares, sobretudo da esquerda, continue repetindo o discurso de que esses equipamentos ferem a privacidade dos estudantes e docentes. Em pleno século XXI, é difícil encontrar alguém que não goste de ser filmado, fotografado ou fazer pose para as redes sociais.
Ou será que alguns ainda sentem saudades dos tempos da palmatória? Esse tipo de conduta autoritária já não faz parte da educação há décadas. O que precisamos agora é de proteção real para professores e alunos, e não de discursos vazios e narrativas ideológicas que não resolvem nada.
Chega de desculpas. Está na hora de a Câmara Legislativa do DF agir com responsabilidade e aprovar o projeto que autoriza a instalação de câmeras nas salas de aula.
Enquanto o debate político se arrasta, a comunidade escolar segue vulnerável a novos casos de violência e abuso.
Charge: Desenvolvida por IA
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