• 28 de abril de 2024

SABOTAGEM PLANEJADA | Para Lula, alguém deixou invasores entrar no Planalto, pois “não tem porta quebrada”

As suspeitas de que houve sabotagem por parte de agentes públicos responsáveis pelo esquema de segurança planejado para as manifestações até então pacíficas do último domingo (8), na Esplanada dos Ministérios, estão se tornando cada vez mais reais.

Em entrevista a jornalistas na manhã de quinta (12), o presidente Lula, do PT, afirmou categoricamente que para ele alguém abriu a porta do Palácio do Planalto para os invasores.

“Eu estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para que a gente entrasse, porque não tem porta quebrada. Alguém facilitou a entrada deles”, argumentou o presidente.

As declarações do petista reforçam ainda mais as desconfianças de que militares da mais alta patente das Forças Armadas estavam tramando um golpe de estado, já que veio à tona que foi dada a ordem para diminuir a segurança do Planalto horas antes dos atos de vandalismo.

As fortes evidências de uma ação orquestrada envolvendo militares vêm de encontro com as suspeitas de que o comando das forças de segurança do DF foram coniventes com os apoiadores mais radicais de Jair Bolsonaro para que destruíssem as sedes dos três poderes.

No entanto, até o momento, somente a cúpula da segurança do DF caiu. O governo federal decretou intervenção federal na segurança da capital federal, porém não tomou nenhuma atitude em relação aos responsáveis da parte dele.

Nos bastidores, a cobrança para que o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também seja enquadrado e até mesmo exonerado do cargo está crescendo em Brasília.

No meio político, muita gente está questionando o porquê que Flávio Dino editou uma portaria para que a Força Nacional pudesse atuar no dia e não foi acionada. Outro fator que está pesando contra o ministro é que ele sabia da chegada de caravanas bolsonaristas e nada fez.

Caos planejado

Com os últimos acontecimentos, analistas e observadores da política passaram a defender a tese de que estava em curso uma ação orquestrada para gerar o caos em Brasília e forçar uma possível intervenção militar no governo federal. Em suma, o objetivo era criar um clima de insustentabilidade política que justificasse um golpe de estado por parte de militares e civis apoiadores do ex-presidente Bolsonaro.

As investigações que estão sendo realizadas no DF apontam que o comandante das operações da PMDF no dia, já sabendo que o plano de sabotagem não deu certo, retardou a ação policial para que os invasores pudessem fugir.

Durante a coletiva com a imprensa, Lula disse que o Planalto ainda está cheio de militares e que agora será realizado um pente fino entre os servidores lotados no palácio.

A minuta de um decreto encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres reforçam ainda mais as suspeitas de que os bolsonaristas queriam dar um golpe e não deixar que o presidente petista fosse empossado.

O clima de tensão ainda perdura na capital da República.

Foto: Reprodução/Google Imagens

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