Conhecido por ser um dos grandes articuladores do governo Bolsonaro, o ministro da Cidadania e deputado federal BB licenciado, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) assumiu que recebeu dinheiro de maneira ilegal da JBS em 2012 e 2014. Onyx fechou acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) no qual se compromete a pagar multa no valor de R$ 189 mil para encerrar o caso.
A assessoria do ministro divulgou nota confirmando o acordo.
“A defesa do deputado federal Onyx Lorenzoni firmou acordo de não persecução penal com a Procuradoria-Geral da República. Ele admitiu o recebimento de doações em sua campanha eleitoral para deputado federal e pagará 189.000 reais como prestação pecuniária, recursos que buscará por meio de empréstimo bancário”, informou a defesa dele.
Os advogados do ministro informaram que ele decidiu procurar as autoridades com a intenção de colaborar e dar um desfecho final ao processo. “Recordamos também que, quando a delação da JBS veio a público, o deputado Onyx desconhecia a origem do recurso”, reforçou a defesa.
A investigação contra Onyx havia sido requerida pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF), com base na delação feita por executivos da JBS. De acordo com a Agência Reuters, Onyx admitiu ter recebido, de forma não contabilizada, R$ 100 mil da JBS quando era presidente do DEM gaúcho nas eleições municipais de 2012 e outros R$ 200 mil do mesmo grupo quando concorreu a deputado federal em 2014.
O documento com o acordo foi encaminhado ao ministro do STF, Marco Aurélio Mello, a quem cabe homologar o pedido do ministro. A atitude de Onyx Lorenzoni não é comum no meio político. Resta saber se o povo do Rio Grande do Sul vai perdoá-lo em 2022, quando deverá concorrer à reeleição ou tentar se eleger para governar o estado.
Da Redação com informações da Agência Reuters