O mau desempenho do governo Lula 3 tem afetado diretamente o Partido dos Trabalhadores nos Estados, e seus dirigentes começam a traçar estratégias em busca da sobrevivência política da legenda a partir de 2026. No DF, os petistas já estão se organizando para o próximo pleito eleitoral.
Na noite de segunda-feira (24), a Executiva do PT-DF anunciou que a deputada federal Erika Kokay foi escolhida, por aclamação, como pré-candidata da legenda ao Senado Federal em 2026.
A decisão da cúpula do PT-DF sinaliza que a sigla deve abrir mão da disputa ao GDF e tentar compor uma aliança com as demais agremiações da esquerda.
Internamente, um pequeno grupo de militantes da ‘velha guarda’ tem pressionado a direção do PT-DF a lançar candidatura própria ao GDF.
Um dos cabeças desse movimento de candidatura própria é o ex-federal e ex-secretário de Habitação, Geraldo Magela. O petista nunca escondeu de ninguém que sonha em governar o DF, porém, ele enfrenta muita resistência dentro da legenda esquerdista.
Com a escolha de Erika para o Senado, as pretensões de Magela foram por água abaixo. O PT-DF vai agora em busca de se aproximar dos demais partidos que possuem a mesma ideologia política.
‘Companheiros’ distantes
Historicamente, o PT-DF sempre compôs aliança com outros partidos de esquerda. No entanto, de uns tempos para cá, os petistas têm sido ‘escanteados’ pelos ‘companheiros’ de outras siglas.
Esse distanciamento é atribuído às duas passagens do PT pelo Palácio do Buriti. Muitos dirigentes e políticos dos outros partidos da esquerda guardam mágoas até hoje da falta de espaço e reconhecimento por parte dos petistas enquanto estiveram no poder.
Outro ponto que pesa contra os petistas brasilienses é o baixo desempenho dos candidatos da sigla nas últimas eleições.
Composição de 2022 pode se repetir
O anúncio da pré-candidatura de Erika Kokay ao Senado aponta que o caminho para o PT-DF apoiar um nome de outro partido na disputa pelo GDF está aberto.
Na eleição passada, os petistas tiveram que engolir o ex-distrital Leandro Grass, do PV, como candidato a governador.
Embora haja, internamente, uma mobilização para impedir que o partido fique relegado a ser coadjuvante, os petistas estão sem alternativas por não ter um nome que possa unir a esquerda.
Também é preciso considerar que o governo Lula 3 vai mal das pernas e dificilmente o eleitor brasiliense vai querer alguém vinculado diretamente com o presidente petista.
Diante desse cenário, o PT-DF optou por entrar em campo para marcar posição. Se a estratégia vai dar certo, isso só lá para o mês de maio ou junho do ano que vem que vamos saber.
Por enquanto, o PT-DF continua estrebuchando como uma galinha morta, à espera de que algum ‘companheiro’ lhe estenda a mão. O que se avista no horizonte é que partidos como PSOL, PSB, PV, PDT e outras legendas esquerdistas estão mantendo a distância.
Foto: Reprodução/Instagram
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