O governador da Bahia, Rui Costa , disse na terça-feira (28) que o estado atravessa “o maior desastre natural da história” e reclamou da verba liberada pelo governo federal para socorrer os municípios afetados pelas chuvas.
A crítica foi feita após o presidente Jair Bolsonaro publicar uma medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 200 milhões ao Ministério de Infraestrutura para a reconstrução de estradas e rodovias afetadas pelas chuvas
“Determinei edição de MP de Crédito Extraordinário, no valor de R$ 200 milhões, a fim de viabilizar, no DNIT, a reconstrução de infraestruturas rodoviárias danificadas pelas chuvas nos estados da Bahia (mais afetado), Amazonas, Minas Gerais, Pará e São Paulo”, disse o presidente pelo Twitter.
Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, a maior parte da verba (R$ 80 milhões) será destinada à Bahia. No estado as fortes chuvas já deixaram 21 mortos e mais de 31 mil desabrigados e desalojados, segundo a Defesa Civil da Bahia.
O restante do montante será distribuído para as regiões Norte (R$70 milhões) e Sudeste (R$50 milhões).
O governador da Bahia, porém, avalia que a quantia é insuficiente e fez um apelo por um aporte maior do governo Bolsonaro. “Eu queria fazer um apelo porque não é possível recuperar as estradas federais com R$ 80 milhões para o Nordeste”, afirmou Costa em coletiva de imprensa em Ilhéus na presença de Marcelo Sampaio, secretário executivo do Ministério da Infraestrutura.
Além disso, Costa disse que ainda não é possível dizer quando começará a reconstrução das áreas destruídas pelas enchentes que atingem o estado neste mês.
“A Bahia está devastada e ainda não é possível estipular quando as estradas vão ser recuperadas. Não sabemos a extensão. Vamos ter que olhar, caso a caso, a solução técnica. Em alguns lugares vamos ter que mudar a opção. Uma ponte de 50 metros de largura, por exemplo, que foi levada pela água pode ser um pouco maior, com 70 metros, para facilitar a passagem do rio”, adiantou.
Ainda segundo o governador do território baiano, não será permitido que casas voltem a ser construídas em áreas de risco, próximas a rios ou em terrenos propensos a deslizamentos. Ele esclareceu que a prioridade das obras serão pontes e estradas essenciais que ligam os municípios a outras regiões e que estejam em locais de mais fácil acesso.
Visita de ministros – Quatro ministros de Estado sobrevoaram as regiões atingidas por fortes chuvas na Bahia, onde anunciaram uma série de ações para auxiliar o esforço de atendimento à população desabrigada e prometeram recursos futuros para a reconstrução da infraestrutura e de moradias.
Na manhã de terça, os ministros João Roma (Cidadania), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) se encontraram em Itabuna (BA), um dos municípios mais atingido, de onde sobrevoaram a região por helicóptero.
(Ansa)
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