A operação investiga se as obras no estádio teriam sido superfaturadas em cerca de R$ 450 milhões.
A Polícia Federal está nas ruas na manhã desta segunda-feira (26/2) cumprindo sete mandados de busca e apreensão em operação na Bahia, batizada de Cartão Vermelho. A investigação apura irregularidades nas obras da Arena Fonte Nova, em Salvador. Um dos alvos da PF é o ex-governador do estado e atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner.
Os agentes chegaram à residência do ex-governador por volta das 8h30 e saíram da casa com uma mochila e um malote. Os suspeitos são acusados de fraude em licitação, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro. A obra teria sido superfaturada em cerca de R$ 450 milhões.
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e estão sendo cumpridos em órgãos públicos, empresas e endereços residenciais dos envolvidos no esquema criminoso.
Segundo a PF, a licitação, que culminou com a Parceria Público Privada (PPP), foi direcionada para beneficiar o consórcio Fonte Nova Participações (FNP), formado pelas empresas Odebrecht e OAS.
A Fonte Nova não é a única arena da Copa do Mundo na mira da PF e do Ministério Público Federal (MPF). No ano passado, após delações de executivos da Odebrecht e Andrade Gutierrez, foi deflagrada a Operação Panatenaico, que prendeu os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), além do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB).
O grupo é acusado de integrar uma organização criminosa responsável por transformar as obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, inaugurado em 2013, em escoadouro de propina para políticos. O superfaturamento apurado pela PF chega a R$ 559 milhões.
Matéria do site Metrópoles
Foto: Google Imagens