Faz duas semanas que um ti ti ti e disse-me-disse em torno de um possível retorno à política como candidato ao Senado, do empresário e ex-vice-governador do DF, Paulo Octávio vem tomando conta das conversas de bastidores e nos últimos dias tudo indica que pode se tornar real. Porém, se PO, realmente, decidir sair como candidato terá pouco tempo para trabalhar sua imagem desgastada pelos inquéritos da Caixa de Pandora e Operação Átrio.
Especialistas também apontam que PO está inelegível do ponto de vista legal por ter renunciado ao cargo de governador do DF em meio aos escândalos da Caixa de Pandora que tirou ele e Arruda do comando do GDF. Além da Pandora, o empresário tem outros inquéritos em andamento. Ou seja, terá a pecha de candidato ficha suja levando com ele o candidato ao governo da sua coligação, Ibaneis Rocha (MDB) que vem crescendo aos poucos nas pesquisas.
Caso entre na já acirrada disputa ao Senado, PO tomará o lugar de Hélio Queiroz (PP) que já se manifestou que abriria mão de sua candidatura em favor do então padrinho e se contentaria com a primeira suplência. Em entrevista ao portal Metrópoles, na última sexta-feira (14), Queiroz disse que “se for necessário cortar na própria carne para que possamos conseguir melhor resultado nas eleições, não tenho dúvida de que me sacrificaria”.
Paulo Octávio sempre foi um homem que gostou do poder e pelo visto voltou a ser picado pela mosca azul. Nos últimos anos, ele vinha se mantendo em silêncio, porém, atuando nos bastidores. Há quem diga que essa possível volta está sendo alimentada pelo senador Cristovam, seu parceiro de esquema fraudulento em que comprou boa parte dos terrenos da UnB na Asa Norte. A jogada de Cristovam é que PO entre na disputa para tirar votos de Leila (PSB) e Izalci (PSDB), mesmo que o empresário não se eleja.
No começo da campanha, Paulo Octávio declarou apoio a Izalci e ao próprio Hélio Queiroz. Parte da equipe de PO está integrada ao grupo de Izalci. A volta de Paulo Octávio também prejudicará a campanha da esposa de seu antigo aliado, Arruda, à deputada federal, Flávia Arruda. As pesquisas indicam que ela está bem colocada e os escândalos envolvendo seu marido, até o momento, não tem respingado nela. Mas, tudo pode mudar se PO decidir pôr todos no mesmo balaio.
A pergunta que não quer calar: por que um dos maiores empresários do DF, quiçá, do Brasil, quer ter poder político novamente? Será pelo foro privilegiado que irá adquirir caso consiga se eleger? Ou tem um outro “careca” cobrando a fatura do esquema do passado?
Vamos ficar de olho, pois, se PO voltar mesmo, teremos fortes emoções na reta final de campanha. A Lupa do Expressão Brasiliense está de olho.
Da Redação
Fotos: Google Imagens