O governo Ibaneis passa nesta quinta-feira (24) pela sua primeira prova de fogo na Câmara Legislativa do DF (CLDF). Os distritais irão apreciar dois projetos de leis encaminhados pelo Executivo, um deles trata da ampliação do modelo de atendimento aos usuários da rede pública de saúde. A votação está prevista para às 15h, no auditório da casa.
O GDF fez um levantamento durante a transição onde encontrou uma situação completamente caótica. Devido a calamidade da pasta, o governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou estado de emergência na saúde e pôs a mão na massa. O secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto esteve reunido com um grupo de blogueiros, na manhã desta quinta-feira, para falar quais são as reais intenções do GDF para a saúde. O Expressão Brasiliense participou do encontro e descreve abaixo um resumo da entrevista concedida aos jornalistas.
Privatização da Saúde
Okumoto ressaltou que é bom deixar claro que a intenção do governo não é privatizar a rede pública de saúde e sim melhorar o atendimento à população. Ele alertou que o atual governo herdou uma Secretaria de Saúde (SES/DF) praticamente abandonada e sucateada, e que a forma mais rápida e objetiva encontrada para sanar os problemas é expandir o modelo de gestão utilizado no Instituto Hospital de Base (IHB). “Todo o trabalho que a gente tem realizado agora neste momento não visa a privatização da saúde do Distrito Federal. Haverá a manutenção da empresa pública de tal forma que a gente possa em cima dos concursos estar contratando os profissionais que precisa para reposição dentro da saúde do DF”, destacou o secretário.
A manutenção e ampliação do modelo de atendimento realizado no IHB possibilita ao GDF ter mais agilidade na contratação de pessoal, medicamentos e insumos hospitalares. A SES/DF irá convocar 2 mil profissionais que prestaram concursos.
Confira o vídeo com a declaração.
Reorganização das filas de cirurgias
Outro ponto que foi destacado por Osnei é de que a SES/DF está reorganização as filas das cirurgias. Desde o início do governo Ibaneis, já foram realizadas mais de 2,3 mil cirurgias. Está previsto para o dia 1º de fevereiro a realização de 500 cirurgias voltadas para o público infantil. “São cirurgias simples que não foram realizadas por falta de esforços da gestão passada”, disse Okumoto.
Rombo na Saúde
Em um levantamento prévio, a nova cúpula da SES/DF se deparou com um rombo financeiro que chega a quase R$ 1 bilhão. Os problemas de pagamentos são os mais diversos. Somente para instituições privadas o GDF está devendo cerca de R$ 350 milhões relacionadas aos serviços prestados de UTI. “Nos deparamos com 1.000 leitos de UTI fechados na rede. Não podemos aceitar isso. Vamos arrumar essa situação”, afirmou Osnei.
Mais UPAs
Atualmente, a rede tem apenas seis Unidades de Pronto Atendimento, as conhecidas UPAs. A intenção do GDF é construir mais seis para aumentar a capacidade de atendimento nessas unidades.
Votação na CLDF
O secretário de Saúde acredita que o projeto de lei terá uma votação expressiva por parte dos parlamentares devido à necessidade da população. “Os distritais entenderam que a população carece de uma solução rápida e objetiva”, frisou.
Posição dos Sindicatos de Saúde
Para Osnei Okumoto, é natural que os sindicatos dos servidores da área da saúde estejam contra o governo. “Nós estamos abertos ao diálogo. Eu converso com todo mundo. A posição deles em relação ao PL é normal, mas creio que quando entenderem que estamos fazendo o melhor para a população, eles vão ficar mais tranquilos. Volto a repetir, não vamos privatizar a saúde do DF. Os servidores podem ficar tranquilos quanto a isso”, reforçou Okumoto.
Durante o governo de transição, dirigentes sindicalistas foram ouvidos e queriam indicar quem iria comandar a pasta. Com a decisão do governador Ibaneis de convidar Osnei Okumoto que é um técnico que trabalhou em vários órgãos antes de assumir a SES/DF, os sindicalistas se sentiram desprestigiados.
Vamos agora acompanhar a votação na CLDF e que seja feito o melhor pela população do DF.
Da Redação
Foto: Expressão Brasiliense
Vídeo: Expressão Brasiliense