O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, resolveu nesta quinta-feira (12) dar um recado claro: pretende, sim, disputar a reeleição no ano que vem.
E, para mostrar que está se preparando, aproveitou a passagem por Minas Gerais para cutucar seus desafetos como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Romeu Zema, passando pelo senador Cleitinho e o deputado Nikolas Ferreira.
Segundo Lula, ele não pode deixar que o Brasil volte a ser governado pela extrema-direita, nem que, para isso, precise encarar mais uma campanha. Disse, em tom de desafio, que “se brincar”, é eleito pela quarta vez.
“Se pegar desde a Proclamação da República até hoje, duvido que tenha um presidente que tenha feito metade do que eu fiz para o trabalhador e para o povo pobre”, gabou-se o chefe do Planalto, sem o menor pudor.
Durante a visita, Lula anunciou obras e programas para o estado e, diante de uma plateia enxuta, fez questão de zombar do desempenho de Bolsonaro perante o ministro Alexandre de Moraes, do STF, chamando o ex-presidente de “covardão”.
“Você viu o depoimento dele, né? Estava com os lábios secos e quase se borrando (de medo). É muito fácil ser corajoso dentro de casa, no celular, falando mal dos outros”, ironizou Lula.
Ainda sobrou para Zema, Nikolas e Cleitinho. “Depois desse governador que eu não vou nem citar o nome, este estado não merece um Nikolas ou um Cleitinho”, disparou. Em contrapartida, elogiou o senador Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, como o tipo de político que os mineiros deveriam apoiar.
O discurso escancara o início da virada de chave: Lula vai entrar no modo campanha. Vai rebater críticas, empacotar ações do governo como se fossem grandes feitos e tentar recuperar a popularidade como se o país estivesse uma maravilha.
Nas últimas eleições, Minas foi um calvário para a esquerda. Ao subir no palanque e cantar de galo no terreiro dos adversários, Lula mostra que vai para cima.
A estratégia já está desenhada: atacar os oponentes, acenar para aliados, e conquistar os ’independentes’ com o velho combo de emendas, cargos estratégicos e promessas mirabolantes.
Se a direita continuar batendo cabeça e não decidir logo quem vai pra disputa, vai acabar assistindo o petista pelas redes sociais percorrendo o país com um anúncio aqui, um programa acolá, um auxílio novo, uma obra esquecida e, com isso, puxando “o povo” para o seu lado.
Coincidência ou não, Lula começa sua campanha de reeleição com os mesmos índices de insatisfação que tinha em 2006, quando nem mesmo o mensalão o tirou do Planalto naquela época.
A pergunta é: será que o povo vai repetir a dose e dar a Lula um quarto mandato ou vai, finalmente, dar um basta nas armações do petista e sua turma?
Uma coisa é certa: a campanha de 2026 já começou. Lula não quis ficar calado depois que Bolsonaro convidou até o ‘Xandão’ para entrar na brincadeira, mas ele ‘declinou’. Vai que o ministro gosta da ideia e resolve largar a toga. O petista tratou logo de marcar seu lugar no tabuleiro.
Foto: Ricardo Stuckert/PR
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