A senadora Leila do Vôlei (PDT-DF) pode ter dado um tiro no próprio pé ao tentar posar de independente para seu eleitorado. A parlamentar apresentou à CPMI do INSS um requerimento convocando o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, para depor. Agora, corre o risco de perder o comando do PDT no Distrito Federal, já que o pedetista manda na legenda há anos com mão de ferro.
O gesto de Leila contra o presidente nacional do PDT causou forte mal-estar dentro da sigla. Fontes ligadas à cúpula revelaram ao Expressão Brasiliense que já se fala no afastamento da senadora da presidência do PDT-DF, e até mesmo em sua expulsão.
PDT, Lupi e a CPMI do INSS
O partido de Leila segue no comando do Ministério da Previdência no governo Lula 3 e está no epicentro das investigações da CPMI do INSS. Lupi era ministro quando veio à tona a fraude bilionária que atingiu milhares de aposentados, em sua maioria vivendo com apenas um salário mínimo.
No requerimento protocolado, Leila afirmou que Lupi deve comparecer à CPMI “para prestar os devidos esclarecimentos sobre fatos relacionados à gestão da pasta”. Para a senadora, a oitiva será “fundamental para esclarecer pontos relevantes”, levantando suspeitas sobre a atuação do dirigente pedetista.
Bastidores indicam que havia grande articulação para blindar Lupi da convocação, já que ele chefiava a pasta quando a Polícia Federal deflagrou operação contra o presidente do INSS, expondo as fraudes no órgão.
Mas Leila do Vôlei, única representante do PDT no Senado a integrar a CPMI, resolveu bancar a convocação do ex-ministro. Ela ocupa a cadeira no colegiado por indicação do bloco Pelo Brasil, formado por PT e PDT.
O problema é que, além de atingir Lupi, a senadora também atravessou o Planalto, que trabalhava nos bastidores para evitar o depoimento.
Crise no PDT e futuro político de Leila
A situação de Leila do Vôlei dentro do PDT é considerada delicada. A direção nacional deve se reunir nos próximos dias para decidir o futuro da parlamentar. Caso seja afastada ou expulsa, a senadora ficará enfraquecida para a disputa das eleições de 2026.
Hoje, Leila era vista como um dos nomes da esquerda para compor a chapa majoritária, justamente por controlar uma legenda com tempo de rádio, TV e um fundo partidário relevante. Inclusive, vinha percorrendo cidades do DF para atrair novos filiados e lideranças.
Sem o PDT, dificilmente terá papel de destaque em uma chapa majoritária. Restará a ela disputar como candidata a deputada federal ou distrital — e vale lembrar que seu mandato no Senado só foi conquistado graças ao apoio do ex-governador Rodrigo Rollemberg, a quem também virou as costas, assim como agora faz com Lupi. Quando se arriscou sozinha numa candidatura para distrital tomou uma surra nas urnas.
O futuro de Leila do Vôlei no PDT-DF está em xeque. Se perder o partido, perde também o protagonismo nas articulações eleitorais de 2026. Uma coisa, porém, já parece clara: a senadora ainda não aprendeu uma regra básica da política: lealdade é uma virtude que vale muito nos bastidores de Brasília.
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