• 22 de novembro de 2024

INVESTIGADO PELO TCU | Sérgio Moro diz recebeu mais de R$ 3 milhões por contrato com escritório de advocacia que defende investigados na Lava Jato

Durante uma live nas redes sociais na sexta-feira (28/1), o ex-juiz Sérgio Moro revelou os valores que recebeu da Alvarez & Marsal, escritório de advocacia que trabalhou nos EUA, no período de 23 de novembro de 2020 até 26 de novembro do último ano. Segundo Moro, a empresa pagou um total de US$ 656 mil, cerca de R$ 3,537 milhões pelos serviços prestados.

Sérgio Moro, que é alvo de investigação no Tribunal de Contas da União (TCU), resolveu divulgar os valores ganhos diante da pressão de opositores do PT e do Centrão, que cogitaram abrir uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar o caso, e da própria Corte, que fez um pedido formal para que os rendimentos fossem divulgados.

“Não estou fazendo isso por CPI, porque eles recuaram, e também não estou fazendo isso pelo TCU, porque o TCU está abusando do poder”, disse Moro ao iniciar a transmissão.

Conflito de interesses

O pré-candidato a presidente da República pelo Podemos negou que houve conflito de interesses enquanto trabalhou no escritório alegando que não trabalhou para a Odebrecht – a Alvarez & Marsal atuou como administrador judicial da empreiteira, da OAS e da Galvão Engenharia, empreiteiras alvos de investigação da Lava Jato e que tiveram dirigentes condenados por ele quando era juiz.

Para o MP que atua junto ao TCU, Sérgio Moro pode ter cometido práticas ilegítimas de revolving door – quando um agente público migra para o setor privado na mesma área de atuação e repassa informações privilegiadas que podem beneficiar clientes – e de lawfare, que seria a utilização, de forma estratégica, do sistema jurídico para se beneficiar.

Foto: Pedro França/Agência Senado

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