O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado a comparecer à Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, nesta terça-feira, 27, às 14h30, para depor sobre uma suposta “importunação intencional” a uma baleia jubarte durante uma visita a cidade de São Sebastião, no litoral norte paulista, em junho de 2023.
Na ocasião, Bolsonaro teria se aproximado da baleia enquanto pilotava um jetsky. O advogado Fabio Wajngarten também deve ser ouvido pela corporação, pois estava presente na viagem.
Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), Wajngarten confirmou os depoimentos. “Hoje o presidente Jair Bolsonaro e eu prestaremos depoimento na PF de SP a respeito do tema de importunação a baleia”, disse.
Em novembro de 2023, o MPF (Ministério Público Federal) passou a acompanhar o inquérito elaborado pela PF sobre o caso. A promotora Marília Soares Ferreira Iftim ressaltou que vídeos e fotos divulgados nas redes sociais mostram o momento em que uma moto náutica, de motor ligado, chegou a 15 metros da baleia, que estava na superfície. Há suspeitas de que o ex-presidente estava pilotando o jetsky.
Durante um evento do PL Mulher, em novembro, Bolsonaro ironizou a decisão do MPF de acompanhar as investigações e ainda usou a situação para fazer um comentário gordofóbico contra o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
“Todo dia tem uma maldade em cima de mim, a de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério, é aquela que diz que eu queria dar golpe, mas some com vídeos”, afirmou na ocasião.
O depoimento do ex-presidente neste inquérito estava marcado, inicialmente, para ocorrer no dia 7 de fevereiro deste ano. Porém foi adiado pela Polícia Federal.
Dois depoimentos em um mês
No dia 22 de fevereiro, o ex-presidente esteve na sede da Polícia Federal, em Brasília (DF), para prestar esclarecimentos sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo na Presidência. Durante a oitiva, Bolsonaro permaneceu em silêncio.
A defesa do ex-presidente havia informado ao STF (Supremo Tribunal Federal), no dia 19 de fevereiro, que ele ficaria calado durante o interrogatório até ter acesso às conversas recuperadas pela PF nos celulares apreendidos durante a investigação que faz parte da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela corporação no dia 8 de fevereiro.
No entanto o ministro Alexandre de Moraes disse que os advogados de Bolsonaro tiveram acesso integral às diligências efetuadas e provas reunidas nos autos.
Além de Bolsonaro, ex-ministros, ex-assessores e militares compareceram para prestar esclarecimentos. A PF usou como estratégia que todos os investigados fossem ouvidos simultaneamente para evitar a combinação de versões.
(Istoé)
Foto: Reprodução/Google Imagens
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