Descumprindo o acordo firmado entre líderes partidários e a bancada do Distrito Federal no Congresso, o governo Lula apresentou uma proposta de reajuste para as forças de segurança do DF diferente da que foi encaminhada pelo governo do Distrito Federal (GDF). O Planalto quer dividir o reajuste em três parcelas.
Numa reunião realizada nesta quinta-feira (1º), que contou com a presença de parte da bancada de parlamentares do DF no Congresso, de deputados distritais, do líder do governo no Senado, senador Randolfe Rodrigues, e de técnicos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, a expectativa era de que o governo federal apresentasse já a minuta de um PLN, como ficou acordado, com a proposta entregue pelo GDF.
Como a proposta do governo Lula não agradou, uma nova reunião deverá ocorrer nos próximos dias a fim de encontrar uma solução para o impasse. De acordo com o documento encaminhado pelo governo Ibaneis, o reajuste dos policiais civis e militares e bombeiros do DF deve ser de 18%, a ser pago por meio de uma única parcela e não em três como quer o Planalto.
Parlamentares reclamam nas redes sociais
Após o encontro, os parlamentares foram às redes sociais criticar a proposta do governo federal. O presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz, do MDB, que é policial civil aposentado, classificou a reunião como “frustrante”.
“Infelizmente, a proposta apresentada durante a reunião é extremamente frustrante. Neste momento, é fundamental unir forças e continuar lutando incansavelmente por uma proposta justa”, postou o distrital.
Já o deputado Hermeto, do MDB, que é subtenente da reserva da PMDF, disse que não saiu satisfeito da reunião devido a proposta de parcelar o reajuste. Num vídeo em que aparece o parlamentar, junto com os seus colegas Wellington Luiz e Roosevelt, do PL, Hermeto chega a indagar se a medida do governo Lula “é uma retaliação aos atos do dia 8?”.
“É uma má vontade com as forças de segurança pública do DF. Eu não vejo outra situação que não seja essa”, afirmou Hermeto no vídeo.
Para o senador Izalci, do PSDB, o reajuste é “uma pequena recomposição”. O tucano disse que vai cobrar o cumprimento desse acordo na reunião da comissão mista do orçamento (CMO) na próxima semana.
“Acordo não se discute, a gente cumpre. O governo federal apresentou uma proposta insatisfatória, muito diferente do que foi acordado”, publicou Izalci.
A senadora Leila do Vôlei, do PDT, também reclamou da postura do governo federal. “Seguiremos lutando por uma recomposição salarial que valorize e reconheça o trabalho desses profissionais”, escreveu a parlamentar.
De acordo com os parlamentares, uma nova reunião está marcada para o dia 12 de junho.
Participaram do encontro os senadores Izalci e Leila, os deputados federais Rafael Prudente, Erika Kokay, Júlio César e Reginaldo Veras, e os distritais Wellington Luiz, Hermeto, Doutora Jane e Roosevelt.
Foto: Divulgação/Gab. Senador Izalci
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