Ao contrário de outros países que estão obtendo sucesso nas negociações com os Estados Unidos em relação às tarifas anunciadas por Donald Trump, o Brasil demonstra estar disposto a tensionar ainda mais a crise diplomática e política contra os ianques. Nesta quarta-feira (23), o enviado do governo Lula à reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) criticou a cobrança de 50% de taxação sobre os produtos brasileiros.
O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Philip Gough, afirmou, sem citar nominalmente o presidente Trump, que os EUA não podem impor tarifas ao Brasil como forma de interferência em questões internas.
Na prática, o governo brasileiro usou o encontro da OMC para tentar emparedar Donald Trump. Contudo, o Brasil recebeu apoio de apenas 40 dos 162 países que integram a organização.
Segundo o decreto do presidente Trump, a cobrança da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA entra em vigor no próximo dia 2 de agosto.
A tese do governo petista de que o “tarifaço de Trump” seria uma retaliação dos EUA para fortalecer Jair Bolsonaro politicamente não se sustenta. A medida já havia sido anunciada antes mesmo de o ex-presidente colocar a tornozeleira eletrônica por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
O governo Lula não tem dado sinais de que pretende negociar com os EUA — diferente de outras nações que também estão na lista de países taxados e já conseguiram flexibilizar a medida. Recentemente, o presidente brasileiro declarou publicamente que não tem conversa com Trump e que adotará medidas de retaliação contra produtos e empresas norte-americanas.
Vale lembrar que o Brasil é um dos maiores exportadores de suco de laranja, carnes, minério, café e outros produtos em larga escala para o mercado norte-americano. Caso o tarifaço seja implementado, as previsões indicam que quem vai pagar a conta é o mercado interno brasileiro, ou melhor dizendo: o povo.
E, até o momento, não há perspectiva de mudança na postura do governo brasileiro. Isso porque Lula está usando o “tarifaço de Trump” politicamente a seu favor, tentando colar o desgaste diplomático e político nos ombros do ex-presidente Bolsonaro.
Enquanto países como Japão, Reino Unido, Indonésia, Filipinas, Vietnã e até mesmo a China avançam nas negociações e garantem acordos comerciais mais vantajosos com os EUA, o Brasil segue deixando o tempo correr — como se pudesse se dar o luxo de perder mercado.
Tomara que Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, que está à frente das tratativas com os EUA, deixem de lado a vaidade política e tratem as negociações com a seriedade que o momento exige. O povo brasileiro não aguenta mais o aumento dos preços nos supermercados, nas padarias, nas farmácias e em tantos outros setores da economia.
Se o petista acredita que o povo vai resistir a uma crise econômica por causa de sua birra com Trump, ele está enganado. E vale lembrar: ano que vem tem eleição, e o eleitor pode dar o troco nas urnas.
Ou Lula ‘baixa as armas’ (como bem disse Michelle Bolsonaro) e negocia com Trump, ou é melhor já ir preparando as malas com a Janja para a mudança no fim do ano que vem. Porque, goste ou não, quem fala pelo Brasil é quem senta na cadeira do Planalto e não o filho ‘cagão’ de um ex-presidente que fugiu para os EUA para sentar no colo do presidente norte-americano.
Como se diz no Nordeste: quem não pode com o pote que não pegue na rodilha. Portanto, se não dá conta do recado, pede para sair, companheiro!
Charge: Desenvolvida por IA
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