O Governo do Distrito Federal (GDF) lançou, nesta quarta-feira (13), o programa Eleitor do Futuro, em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), para incentivar a emissão de títulos de eleitor entre jovens com idades entre 15 e 17 anos e 11 meses. Nos próximos dias, a iniciativa levará carretas do Na Hora aos arredores de escolas de ensino médio ou profissionalizantes para facilitar a expedição dos documentos.
As visitas serão realizadas ao longo dos próximos três dias e a expectativa é atender mil alunos por dia. “Sabemos que esse primeiro voto é, às vezes, um pouco negligenciado, mas queremos focar nesses jovens para que eles saibam que são prioridades absolutas do Estado”, destacou a secretária de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF), Marcela Passamani.
A titular da Sejus afirma que a previsão é estender o projeto até 8 de maio – data final estabelecida pela Justiça Eleitoral para emissão do título de eleitor. “Temos uma janela eleitoral e, apesar de a gente não ter eleição no Distrito Federal este ano, nos outros estados da federação tem e precisamos respeitar esse prazo. Até lá, tem muita coisa para se fazer”.
Além do TRE-DF e da Sejus, a iniciativa também conta com o apoio da Secretaria de Educação do DF. Durante o lançamento do projeto, a secretária Hélvia Paranaguá defendeu a ação como um instrumento para o exercício pleno da democracia. “A cidadania começa quando o cidadão pode escolher quem irá liderá-lo. Queremos que esses jovens sejam eleitores conscientes. O futuro do Brasil está aqui e não são palavras soltas ao vento, mas a realidade”, disse.
Outro objetivo da ação é superar um gargalo na emissão dos títulos entre o público mais jovem. O TRE-DF calcula que 40% das pessoas com idades entre 15 e 24 anos estão com a emissão pendente. “O maior objetivo dessa campanha é conscientizar a juventude que ela é parte da nação e também responsável pela construção do nosso país. Tirar o título de eleitor significa preparar-se para a cidadania plena”, enfatizou o desembargador Roberval Belinati, presidente da Corte.
Pontapé inicial
A escola escolhida para ser o primeiro endereço da carreta do projeto foi o Centro de Ensino Médio (CEM) 404 de Santa Maria. Ao longo desta tarde, a unidade educacional abriu as portas para jovens da comunidade acadêmica, que puderam realizar as emissões nos contraturnos das aulas para não atrapalhar as atividades.
Uma das alunas que aproveitou a ida do serviço para colocar a documentação em dia foi Rhaina de Sousa Lopes, 17 anos. “Eu já teria que fazer, já que irei completar 18 anos esse ano e com a vinda deles ficou mais fácil. É muito importante ter a oportunidade de participar do processo eleitoral”, pontuou a adolescente.
“Sabemos que esse primeiro voto é, às vezes, um pouco negligenciado, mas queremos focar nesses jovens para que eles saibam que são prioridades absolutas do Estado”
Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania
Já Ryan Lavrista, 17, elogiou a comodidade do serviço e celeridade para emissão do título. “Eu confesso que nem sabia da obrigatoriedade, mas quando surgiu essa chance a primeira coisa que fiz foi correr atrás”, disse.
Cadastramento biométrico
No Distrito Federal, o cadastramento biométrico foi incorporado ao processo de atendimento normal do eleitorado. Durante o registro, são coletadas informações pessoais do eleitor, além de sua assinatura, foto (com medidas da face) e impressões digitais. O procedimento busca dar mais segurança à identificação no ato da votação.
Vale ressaltar que, a partir dos 18 anos, o alistamento eleitoral é obrigatório, enquanto aos jovens de 16 anos completos a emissão do título de eleitor é facultativa.
(Agência Brasília)
Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília
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