• 1 de fevereiro de 2025

ELEIÇÕES NO CONGRESSO | Davi Alcolumbre e Hugo Motta acendem velas para Lula e Bolsonaro e devem manter empoderamento do Legislativo

As eleições para o comando do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, marcadas para este sábado (1º), mostrarão ao povo a verdade nua e crua da política brasileira. Os favoritos aos cargos de presidente do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre e Hugo Motta, respectivamente, têm o apoio do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que são adversários declarados.

Nos corredores do Congresso Nacional, todos sabem que tanto Alcolumbre quanto Hugo mantêm relações com parlamentares e lideranças partidárias de ambos os lados. É como se acendessem uma vela para Lula e outra para Bolsonaro.

No entanto, o objetivo real desse vínculo com ambos os lados é garantir o poder do Legislativo sob quem estiver no Palácio do Planalto. O governo Lula tem encontrado dificuldades para aprovar projetos de seu interesse. Bolsonaro também teve problemas para conseguir êxito em suas propostas.

A atual configuração política do Senado e da Câmara favorece os parlamentares. Hoje, nem Lula nem Bolsonaro têm a maioria a seu favor no plenário das duas casas legislativas. Quem realmente controla o Congresso Nacional é o ‘Centrão’. Davi Alcolumbre e Hugo Motta fazem parte desse grupo.

Diante desse contexto, não restam alternativas para Lula e Bolsonaro a não ser apoiar os candidatos do ‘Centrão’. É estranho para o povo ver no noticiário o petista e o capitão apoiando a mesma pessoa em uma disputa política. Infelizmente, esses são os políticos que temos.

O Brasil é governado por políticos que primeiro decidem o que é melhor para eles, deixando o povo em segundo plano. O atual governo sabe que não terá força para aprovar suas propostas com facilidade e terá que ‘negociar’ com os líderes do Congresso para buscar um consenso.

O jogo político em Brasília, na esfera federal, é para profissionais. Quem faz parte desse jogo sabe que não há espaço para errar. Toda e qualquer ação precisa ser muito bem pensada para não falhar na execução. Um erro, por menor que seja, pode pôr tudo a perder.

Desde o impeachment de Dilma Rousseff, o Congresso Nacional passou a dar às cartas nas decisões políticas do Brasil. Quando Michel Temer assumiu, o Legislativo ganhou tanta força que as amarras ao Executivo nunca foram quebradas. E pelo visto, vão seguir por muito tempo.

Quando esteve no Planalto, Jair Bolsonaro precisou, muitas vezes, atender à cúpula do Congresso para seguir em frente. E agora, com Lula, não tem sido diferente.

Portanto, as eleições deste sábado serão a confirmação de que o Legislativo está empoderado e que hoje temos um sistema de organização política semipresidencialista. As más línguas dizem que, quando se tem um parlamento forte, é porque temos um governo fragilizado e dependente.

Com isso, cabe ao povo aceitar o jogo jogado, já que foi ele quem escolheu seus governantes. Como escreveu o filósofo Platão, em seu diálogo socrático A República (375 a.C.): “O castigo dos bons que não fazem política é serem governados pelos maus.”

E viva o Congresso Nacional brasileiro.

Fotos: Reprodução/Google Imagens

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