Da Redação
Ao proferir o seu discurso na Assembleia-Geral das Organizações da Nações Unidas (ONU) nesta terça (21), o presidente Jair Bolsonaro, sem partido, afirmou que seu governo está “há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção” ignorando o esquema ilegal para compra de vacinas contra a Covid pelo Ministério da Saúde, que é um dos alvos da CPI da Covid.
Bolsonaro criticou medidas de isolamento e defendeu o tratamento precoce com remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Além disso, evidenciou um Brasil que está na contramão das políticas adotadas em diversos países do mundo desenvolvido e se posicionou de forma contrária à introdução de “passaportes sanitários” para permitir acesso a determinados locais.
Em um discurso de aproximadamente 12 minutos, Bolsonaro disse logo no início que seu objetivo era mostrar um “Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto nas televisões”, mas, na prática, manteve o mesmo tom dos pronunciamentos que permeiam seus quase três anos de mandato.
O presidente mencionou a pandemia já na parte final do discurso, quando afirmou lamentar “todas as mortes ocorridas no Brasil e no mundo”. “Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial nos gêneros alimentícios, no mundo todo”, disse.
Já no fim do discurso, Bolsonaro defendeu as manifestações de 7 de setembro, quando o presidente fez ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral brasileiro.
“Milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo”, disse.
Foto: Reprodução/Google Imagens
