A Operação Gotemburgo realizada, na última quinta-feira (10), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), em conjunto com a Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF, fez com que deputados distritais propusessem a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigue as irregularidades ocorridas na Secretaria de Saúde do DF desde 1º de janeiro de 2011 a 10 de setembro deste ano, ou seja, o objetivo é investigar irregularidades na pasta cometidas durante a gestão de Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg também.
De acordo com o MPDFT e a PCDF, os desvios na área da saúde chega a cerca de R$ 123 milhões e são apurados crimes de fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro em processos de contratação das empresas Maquet e Med Lopes celebrados pelos gestores da saúde nos governos petista e pessebista.
Ainda de acordo com as investigações, as fraudes aconteceram em 11 processos licitatórios na SES/DF e que só foi descoberto mediante provas obtidas no âmbito dos processos relacionados à atuação da força-tarefa da Lava-Jato no Estado do Rio de Janeiro.
O esquema criminoso envolve a negociação de atas de registro de preço cadastradas pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia – Into. O assalto aos cofres públicos teve início no governo do Rio sob a batuta de Sérgio Cabral e que depois foi implantado aqui no DF durante o governo Agnelo e que prosseguiu na gestão de Rollemberg.
Diante de tantas fraudes e desvios, oito parlamentares já assinaram o pedido para a criação da CPI da Saúde. São eles: Roosevelt Vilela (PSB), Daniel Donizet (PL), Reginaldo Sardinha (Avante), Robério Negreiros (PSD), Valdelino Barcelos (PP), Iolando Almeida (PSC), José Gomes (PSB) e Hermeto (MDB).
O que chama atenção é que distritais opositores ao governo Ibaneis não se propuseram a assinar o requerimento de criação dessa CPI já que vai investigar governos dos quais apoiaram ou fizeram parte. Pelo visto, o barulho que estavam fazendo até poucos dias era mais palanque político do que querem investigar alguma coisa. É ruim para o DF ter entre seus representantes oportunistas que preferem jogar para plateia do que querer investigar alguma coisa de verdade, pois agora que o canhão apontou para a reta deles, saiu todo mundo de fininho.
Da Redação