Expressão Brasiliense Apesar do recesso parlamentar, os deputados distritais vão se reunir, às 15h, desta quarta (18), numa sessão extraordinária, convocada pelo presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), deputado Wellington Luiz, do MDB, para a leitura em plenário do requerimento que instala a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar os atos antidemocráticos praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, nos dias 12 de dezembro do ano passado e 8 de janeiro deste ano.
Para o presidente da CLDF, a criação da CPI vai permitir a apuração dos fatos e punir rigorosamente os vândalos.
“Todos nós queremos uma apuração exemplar para que fatos como esse que feriram de morte a democracia brasileira jamais aconteçam aqui no DF ou em qualquer local do nosso país”, declarou o presidente.
Sem espaço para palanque
O Expressão Brasiliense conversou com alguns parlamentares e muito deles têm receio que a CPI seja utilizada pela oposição para desgastar a imagem do governador Ibaneis Rocha, do MDB, que foi afastado por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes, numa decisão que vem sendo muito contestada por juristas e advogados.
Como a CPI a ser criada contou com a assinatura de 23 distritais (Daniel Donizet não assinou o requerimento), no meio político, espera-se que os trabalhos da comissão sejam objetivos e não se torne um palanque para oportunistas.
Após a leitura do requerimento no plenário da CLDF, a próxima etapa será a indicação dos parlamentares que vão compor a CPI. Os blocos partidários terão até cinco dias para encaminhar os nomes dos distritais. Na sequência, os distritais que vão participar da comissão realizam uma sessão de instalação da CPI e escolhem o presidente, o vice e o relator.
Conforme estabelece o regimento da CLDF, o deputado Robério Negreiros, do PSD, por ter sido o subescritor do requerimento já tem vaga garantida na CPI.
Como a CLDF encontra-se em recesso parlamentar, os prazos regimentais estão suspensos. Portanto, os trabalhos da CPI só começarão mesmo em fevereiro. Até lá, o que vai ter de gente querendo aparecer…
Foto: Carlos Gandra/CLDF
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