Durante a sessão de promulgação da reforma tributária, o deputado Washington Quaquá, do PT-RJ, chamou o colega de parlamento, Nikolas Ferreira, do PL-MG, de ‘viadinho’ e deu um tapa na cara do deputado Messias Donato, do Republicanos-ES, nesta quarta (20). A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi bastante tumultuada. Donato afirmou que registrará boletim de ocorrência sobre o incidente. A assessoria de um dos parlamentares divulgou o vídeo com a cena.
Quaquá foi tirar satisfação dos deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que cantavam “Lula/ladrão/ seu lugar é na prisão” para o chefe do Executivo que estava como convidado da mesa diretora do Congresso Nacional.
Com o celular em mãos, disse que faria uma representação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), e o chamou de “viadinho”. Em seguida, foi repelido por Donato, que o pegou no seu braço. Quaquá então esbofeteou Donato na cara.
A confusão então se alastrou. “Agressão aqui, pô. Que isso, você deu um tapa na cara”, disse Nikolas. Quaquá se retirou da confusão naquele momento.
“(Donato) me agrediu e dei um na cara dele. Eles estavam xingando Lula”, admitiu Quaquá. “Esse deputado segurou minha mão e me empurrou. Tomou um tapa na cara.”
Quaquá prosseguiu. “Se me empurrar, dou de novo. A esquerda é muito passiva com a violência da direita. Comigo bateu, levou.”
Até o momento, o Conselho de Ética arquivou todos os 19 casos analisados em 2023.
Quaquá é um dos vice-presidentes do PT, e, diferente do acontecimento de hoje, tinha mais proximidade com bolsonaristas. No começo do ano, por exemplo, publicou uma foto ao lado de Eduardo Pazuello (PL-RJ), hoje deputado federal, que foi ministro da Saúde no governo Bolsonaro durante a pandemia.
A ida de Lula ao Congresso Nacional novamente rendeu cenas do que aconteceu no primeiro dia de atividade do Legislativo federal neste ano. De um lado, apoiadores do petista puxaram “olê, olê, olê, olá; Lula, Lula”; do outro, a oposição respondeu com “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.
Com informações da Agência Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução/Google Imagens
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