Com adesão massiva do PL, do União Brasil, do PP e divergências no MDB e PSD, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite de quarta-feira, 17, a urgência (aceleração da tramitação) do projeto de lei da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. O placar terminou com 311 votos sim, 163 não e 7 abstenções.
O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e maior interessado no benefício, desejando que atingisse o ex-mandatário, deu 85 votos sim – apenas três deputados da sigla não votaram. Entre as siglas do Centrão, o União foi a que entregou mais votos favoráveis: 49, no total.
O PP vem logo em seguida, com 43 apoios. As outras duas principais siglas do Centrão, PSD e MDB, tiveram maior divergência em suas bancadas. Vinte e oito parlamentares do PSD apoiaram a proposta, mas 12 foram contra. O líder da sigla, Antônio Brito (BA), acabou por não votar.
Já o MDB orientou voto contrário à anistia. O líder Isnaldo Bulhões Junior (AL) defendeu que seria melhor ajustar o texto para uma proposta que apenas reduzisse o tamanho das penas aplicadas pelo STF, mas sem anistia. A sigla entregou 21 votos pró-anistia, 14 rejeições e duas abstenções.
Como votaram os deputados do DF:
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Alberto Fraga (PL-DF) – Sim
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Bia Kicis (PL-DF) – Sim
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Erika Kokay (PT-DF) – Não
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Fred Linhares (Republicanos-DF) – Sim
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Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF) – Sim
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Prof. Reginaldo Veras (PV-DF) – Não
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Rafael Prudente (MDB-DF) – Sim
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Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) – Não
A aprovação da urgência acelera a análise da proposta, que ainda será discutida no mérito e pode gerar novos embates entre as bancadas.