• 14 de novembro de 2025

Cappelli transforma a ABDI em comitê eleitoral para se autopromover para 2026

Quem assiste aos vídeos do pré-candidato do PSB ao GDF, Ricardo Cappelli, nas redes sociais, mal pode imaginar que aquela megaprodução está sendo custeada com recursos públicos.

Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Cappelli tem utilizado a estrutura e os empregados da instituição, que é voltada para a promoção e o fomento do setor, para se projetar ao eleitorado brasiliense.

Ex-integrantes da equipe de Ricardo Cappelli denunciaram à imprensa que ele montou um suposto escritório de campanha todo equipado para ações estratégicas de comunicação, no Setor Comercial Sul, no Plano Piloto, que é administrado pelo gerente de marketing da ABDI, para produzir conteúdos e planejar ações de engajamento eleitoral para suas redes sociais e, ao mesmo tempo, monitorar e atacar adversários como o governador do DF, Ibaneis Rocha, e sua vice, Celina Leão, que é a grande favorita na corrida ao Buriti.

De acordo com os relatos, a turma comandada pelo empregado da ABDI, Bruno Trezena, é quem está por trás de simular engajamento nas redes sociais de Cappelli e também incentivar apoiadores a atacar os possíveis adversários políticos.

Coincidentemente, as ações do bando de Cappelli ocorrem durante o horário de expediente da ABDI, o que evidencia ainda mais a suposta prática de campanha eleitoral antecipada.

Conforme a Lei das Eleições (Lei 9.504/97), em seu artigo 73, incisos I, III e IV, é proibido usar a estrutura de órgãos públicos, bem como seus empregados e recursos financeiros, para fazer campanha eleitoral. A pena estabelecida para esses casos inclui o pagamento de multa e demissão de quem é da repartição e, no caso do candidato, ele pode ter seu diploma cassado, caso se eleja, além de responder por improbidade administrativa e ficar inelegível por oito anos.

O escritório de campanha de Ricardo Cappelli se enquadra perfeitamente nesse tipo de crime eleitoral, pois os empregados da ABDI, que em sua maioria possuem contracheques acima da média do funcionalismo público, estão mais a serviço dos interesses políticos do pré-candidato do PSB do que da instituição a que pertencem.

Também há relatos de que Cappelli andou dando calotes na turma, o que resultou na descoberta de seu escritório de campanha. Ex-integrantes denunciam que, durante o horário de prestação de serviços, a equipe recebia orientações de assistentes de Trezena com metas diárias estabelecidas a serem cumpridas.

Um dos pontos altos da atuação da equipe do pré-candidato foi durante o Festival Curicaca, organizado pela ABDI com o intuito de promover ações de fomento ao desenvolvimento industrial tecnológico, mas que, no fim das contas, serviu de palanque eleitoral para Cappelli se apresentar, já que pesquisas eleitorais apontam que o pupilo do ex-governador Rodrigo Rollemberg é um total desconhecido para a população do DF.

Resta saber quais providências serão adotadas pela Justiça Eleitoral e pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) em relação à conduta de Ricardo Cappelli, que está explicitamente caracterizada como campanha eleitoral antecipada.

Não restam dúvidas de que a ABDI está sendo utilizada descaradamente para fazer campanha eleitoral para seu presidente. Não nos causa surpresa ver o pré-candidato ao GDF, que se apresenta como o paladino da moral, utilizando recursos públicos para autopromoção. Esse é um comportamento típico dos enganadores que temos na política brasileira.

A bola agora está com a Justiça Eleitoral.

Charge: Desenvolvida por IA


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