O Diário Oficial do Maranhão publicou, na última terça-feira (2), um ato do governador Carlos Brandão (sem partido) reconduzindo o presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Ricardo Cappelli, ao Conselho Fiscal da Emap, estatal que controla o Porto do Itaqui.
A decisão garante a Cappelli uma renda mensal (jeton) que pode chegar a R$ 50 mil, mesmo ele não morando mais no estado.
A atitude de Brandão repercutiu negativamente no Maranhão, sendo tratada como um escândalo que expõe a falta de compromisso do governador com o estado que administra.
Afinal, Cappelli hoje vive em Brasília, onde toca sua pré-campanha ao GDF, enquanto mantém um cargo bem remunerado pago com dinheiro do povo do Maranhão.
A recondução de Cappelli ao posto atende a pressões do grupo político do ministro do STF, Flávio Dino, que, mesmo fora do comando do estado, segue “dando as cartas” na política maranhense.
No fim das contas, quem paga essa conta é o povo maranhense , que continua convivendo com o fato de que o Maranhão permanece no topo da lista dos estados mais pobres do país, legado direto das gestões de Dino, com a ajuda de Cappelli, seu ex-secretário de Comunicação.
Cappelli faturando alto
Radicado em Brasília desde o início do governo Lula, Ricardo Cappelli mal aparece para cumprir expediente na ABDI. Servidores confirmam que o presidente da agência surge apenas esporadicamente.
Mesmo assim, recebe o salário mais alto da instituição, somado ao jeton do Porto do Itaqui, vencimentos que ultrapassam, inclusive, o de seus próprios padrinhos políticos Flávio Dino e Rodrigo Rollemberg, o pior governador da história de Brasília.
As reuniões do Conselho Fiscal da Emap ocorrem ao menos uma vez por mês, suficientes para garantir o pagamento do jeton. Ou seja, Cappelli segue sendo remunerado para atender interesses políticos de Dino na Emap, mesmo a mais de 2 mil quilômetros do porto que deveria fiscalizar.
Na prática, o Maranhão banca um conselheiro que não mora no estado, não acompanha o Porto do Itaqui, não cumpre expediente na ABDI e ainda usa seu tempo para fazer campanha no DF, atacando adversários da esquerda como o governador Ibaneis Rocha e a vice Celina Leão.
Nas redes sociais, Cappelli praticamente confirma esse “modus operandi”: mais fotos de eventos políticos do que de reuniões técnicas ligadas ao desenvolvimento industrial, missão central da ABDI.
Brandão ainda garante jetons atrasados
Para completar o pacote, o ato assinado por Brandão e pelo chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, determina uma recondução retroativa a março deste ano.
A manobra, embora legal, soa como deboche: Cappelli ainda receberá todos os jetons acumulados.
Nos bastidores da política maranhense, o movimento é visto como tentativa de Brandão de se reaproximar do grupo de Flávio Dino, já que eles romperam.
Cappelli, por sua vez, segue em Brasília posando de salvador da pátria, enquanto o Maranhão enfrenta seus velhos e persistentes problemas.
Mais uma vez, Brandão reforça a imagem de um governo desconectado da realidade do estado, mas extremamente atento aos interesses e conveniências políticas de seus ex-aliados.
E agora fica claro por que Cappelli tem passado os últimos meses atacando o GDF de Ibaneis e Celina: é campanha financiada, na prática, com dinheiro do povo do Maranhão.
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