Apesar de todo o alvoroço e barulho que vem fazendo desde que anunciou a eleição de Guilherme Sigmaringa Seixas como novo presidente do PT-DF, no último domingo (6), a legenda tem muito pouco o que comemorar. Afinal de contas, apenas 22,14% de um total de 31.976 filiados à sigla aqui na capital federal compareceram às urnas. Um boicote constrangedor.
De acordo com o resultado final do Processo de Eleição Direta (PED) 2025 aqui no Distrito Federal, apenas 7.081 petistas votaram no último domingo. Desse total de votos válidos, 4.534 escolheram o jovem Guilherme para comandar a legenda pelos próximos anos, o que equivale a 64% dos votantes.
Só 14,17% da militância
Essa quantidade de petistas que votaram em Guilherme Sigmaringa representa apenas 14,17% dos mais de 31 mil filiados ao PT-DF, conforme consta no sistema de filiação partidária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizado às 13h37 do dia 1º de julho deste ano. (Veja tabela abaixo.)
O resultado do PED 2025 que elegeu Guilherme expõe um PT-DF fragilizado e combalido internamente, pois nem mesmo seus filiados acreditam que a sigla possa ressurgir das cinzas, como propagam lideranças petistas.
Ainda mais que o novo presidente do PT-DF foi eleito com o discurso da renovação, mas a verdade nua e crua é que Guilherme Sigmaringa está servindo à mesma panelinha de sempre, que acaba direcionando os rumos da legenda para atender interesses e projetos pessoais. Em 2022, ele foi um dos coordenadores da campanha malsucedida da ‘professora’ Rosilene Corrêa ao Senado.
Boicote
Cansados de sempre ficar na rabeira e serem indicados para os cargos com os salários mais baixos, os militantes petistas do DF — até mesmo os de cabeça branca — optaram por boicotar as eleições do último domingo.
Considerando que o PT-DF se encontra num estágio de total decadência desde o fim do governo Agnelo, dificilmente a sigla conseguirá apresentar um nome para concorrer ao GDF nas eleições de 2026 com o apoio dos demais partidos da esquerda brasiliense — uma das promessas de campanha do novo presidente.
Os ‘companheiros’ vão ter que engolir o choro e pedir voto para um forasteiro novamente, como foi em 2022. Essa conversa de candidatura própria ao Buriti é balela, até porque não tem ninguém dentro da sigla com moral para encarar às urnas.
Os petistas brasilienses sinalizam que estão cansados do jogo de cartas marcadas e não vão mais servir como massa de manobra para uma minoria ser favorecida.
A nova direção assume a legenda com o desafio de, ao menos, tentar manter as atuais cadeiras que tem na Câmara Legislativa do DF e na Câmara dos Deputados.
Mas, para isso dar certo, vai precisar convencer a militância a ir às ruas clamar por mais um mandato de Lula no Planalto, para assegurar a “boquinha” da companheirada mais próxima. O restante que morra batendo bandeira à espera do “churrasquinho com picanha”.
Boa sorte ao novo presidente do PT-DF!
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