Durante os debates do fórum de discussão com a população sobre o Projeto de Lei Complementar nº 132/17, mais conhecida como Lei de Uso e Ocupação do Solo do DF, Luos, nesta segunda-feira (26), pdirigentes dos movimentos sociais por habitação do DF e ativistas ambientais saíram nos tapas.
A briga generalizada ocorreu entre parte do público que participava da reunião no auditório da Casa e só acabou após a intervenção da Polícia Legislativa.
A confusão começou após o professor da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Flósculo ser retirado do local pelos policiais. Ele gritava ofensas contra o secretário de Gestão do Território e Habitação (Segeth), Thiago de Andrade, e a presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), Telma Rufino (Pros). Após a saída dele, o tumulto cresceu. A votação da Luos foi adiada para o dia 11 de dezembro.
De acordo com testemunhas, o professor de arquitetura e urbanismo da UnB questionou o secretário sobre as mudanças na Luos. Enquanto o secretário respondia, o docente passou a ofender o representante do GDF.
Flósculo acabou sendo repreendido por Telma Rufino, que passou a ser alvo de outras ofensas e gestos como o de “algemas”. A presidente da CAF acabou pedindo que o professor se retirasse, mas ele se negou e disse que só sairia com a polícia. Com a chegada dos agentes, ele abandonou o local em seguida. Então, membros de grupos contrários passaram a se agredir verbalmente e chegaram às vias de fato.
De com o portal Metrópoles, Flósculo admitiu ter dito ao secretário que ele “não era digno de confiança”. Ao ser repreendido pela deputada Telma, ele teria replicado o comentário a ela.
“O que ela deveria ter feito era uma audiência pública, não um fórum. Eles estão dividindo a cidade toda, inflando ainda mais o número de lotes sem nenhum estudo. Queremos uma auditoria no projeto. Nós falamos sobre alguns problemas e o secretário disse que eles estavam sanados e eu disse que ele não era digno de confiança, como a deputada também não é”, afirmou o professor.
Falta segurança
A professora Mônica Veríssimo foi uma das vítimas da briga. Durante a confusão, ela foi agredida e acabou ficando desacordada. Mônica criticou a segurança da Casa pela baixa quantidade de homens no local, mesmo diante do clima tenso.
“Pela manhã eu já tinha avisado ao presidente [Joe Valle] sobre o clima tenso do fórum. Quando estávamos saindo, um grupo ficou provocando e um professor foi agredido. Foi quando a confusão começou. Não há nenhum controle de segurança na Casa. Se alguém quisesse entrar com uma faca ou com uma arma, entraria facilmente”, criticou Mônica Veríssimo.
Ela foi à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) para registrar um boletim de ocorrência. “Eu fui muito pisoteada, tanto que meu corpo está muito dolorido”, relatou a docente.
A presidente da CAF, deputada Telma Rufino (Pros) divulgou uma nota após o episódio. Confira:
Nota pública
A presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), deputada distrital Telma Rufino, lamenta o desfecho do Fórum de Discussões sobre a emenda substitutiva da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), nesta segunda-feira (26). A reunião foi suspensa, por volta das 16h, após princípio de tumulto.
De acordo com a parlamentar, “o processo democrático foi atropelado pela truculência e intolerância. O Fórum tinha como objetivo sanar as dúvidas e levantar as questões relevantes, a fim de adequá-las e levar a plenário um texto mais coeso e que atenda aos interesses coletivos”, afirmou.
Ao encerrar o Fórum, a parlamentar afirmou que a pauta voltará a ser discutida nos próximos dias e adiou a votação, prevista para o dia 4 de dezembro, para a terça-feira, 11.
ASCOM – deputada distrital Telma Rufino
Assista ao vídeo da pancadaria:
Da redação com informações do portal Metrópoles
Fotos e Vídeo: Divulgação/Arquivo Pessoal